Frio intenso derruba temperaturas e provoca geada em 27 cidades de MS

Redação –

O amanhecer desta quarta-feira (25) foi marcado por temperaturas extremas em Mato Grosso do Sul, com registro de geada em ao menos 27 municípios e marcas negativas nos termômetros de duas cidades. Amambai registrou a mínima mais baixa do Estado, com impressionantes -0,7°C, seguida por Rio Brilhante, com -0,1°C.

A sensação térmica foi ainda mais rigorosa em algumas localidades. Em Ponta Porã, mesmo com os termômetros marcando 1,9°C, a sensação térmica chegou a -11,3°C, segundo dados do Cemtec (Centro de Monitoramento do Clima e do Tempo de MS) e do meteorologista Natálio Abraão.

Outros municípios também enfrentaram o frio extremo. Santa Rita do Pardo teve mínima de 0,8°C e sensação térmica de -2,2°C. Em Iguatemi, os termômetros marcaram 0,4°C, mas a sensação foi de -3,3°C. Já em Maracaju, a mínima foi de 1,2°C com sensação de -0,8°C.

Como informado aqui na Folha, na cidade de Dourados os termômetros marcaram mínima de 2,5°C às 4h18, acompanhada de umidade relativa do ar em 78%. A máxima da manhã, registrada às 7h, foi de apenas 5,8°C. As condições favoreceram a formação de geada fraca em algumas áreas, fenômeno comum nesta época do ano.

Na capital, Campo Grande, os termômetros chegaram a 8,2°C, mas os ventos fortes derrubaram a sensação térmica para -0,7°C. Nova Alvorada do Sul e Mundo Novo também enfrentaram mínimas de 1,4°C, com sensações de -0,1°C e -2,2°C, respectivamente, acompanhadas de geada.

Municípios com geada confirmada

As cidades que registraram geada nesta quarta-feira incluem Amambai, Iguatemi, Mundo Novo, Sete Quedas, Água Clara, Aral Moreira, Laguna Carapã, Ponta Porã, Fátima do Sul, Caarapó, Dourados, Ribas do Rio Pardo, Ivinhema, Paranaíba, Tacuru, Paranhos, Eldorado, Juti, Naviraí, Novo Horizonte do Sul, Coronel Sapucaia e Bela Vista, somando ao todo 27 municípios.

Outras mínimas registradas no Estado:

  • Sete Quedas: 2,3°C (sensação de 0°C)
  • Aral Moreira: 2,9°C (sensação de -10,6°C)
  • Caarapó: 3,8°C (sensação de -1,6°C)
  • Dourados: 3,9°C (sensação de -0,2°C)
  • Chapadão do Sul: 6,3°C (sensação de -2,8°C)

Previsão: trégua no frio, mas frente fria se aproxima

Apesar do amanhecer gelado, a previsão do tempo indica que o frio começa a perder força a partir desta quinta-feira (26). As chances de geada caem para apenas 10%, e as temperaturas devem subir gradualmente ao longo dos próximos dias. No entanto, uma nova frente fria está prevista para o fim de semana, podendo provocar nova queda acentuada nos termômetros.

Especialistas recomendam que a população continue atenta às mudanças climáticas e redobre os cuidados nas primeiras horas do dia, quando o frio é mais intenso.

 

 

 

 

 

 

 

 

por: Folha e Dourados

Leia artigo escrito pelo ‘Russo’, em edição especial dos 50 anos da Folha de Dourados

Em dezembro de 2018 a Folha de Dourados circulou em uma edição especial, impressa, comemorativa aos 50 anos do jornal.

Para marcar a data, foram convidados diversos jornalistas para escreverem artigos relatando suas vivências na imprensa douradense, desde o início de suas carreiras, bem como o papel que exerceram como comunicadores.

Um dos articulistas daquela edição foi o jornalista Waldemar Gonçalves, o “Russo”, falecido no último dia 14 deste mês.

Para seu conhecimento e como uma forma de homenagear uma pessoa que marcou a história do jornalismo douradense, reproduzimos na íntegra, o artigo, ao qual ele deu o título de “Cheiro de chumbo”.

Cheiro de chumbo

Waldemar Gonçalves, o Russo

No final da década de 80 fui “apresentado” a uma redação de jornal impresso pelo amigo e vendedor de publicidade Eduardo Lincoln, conhecido como “Carioca”. Ele havia lido dois textos escritos por mim “Eterna aposentadoria” e “Entre a Xuxa e o salário” e, com meu consentimento encaminhou-os ao jornal Enfoque.

Passados alguns dias Carioca foi ao local onde eu estava pintando paredes, e me convidou para visitar a redação do Enfoque. Foi assim que conheci a Irma Lupinetti, Dalva Gonçalves, Ricardo Minella, Andréia Medeiros, Telma Loureiro, Noemi Mendes Ferrigolo e Lori Alice Gressler. Eram grandes profissionais e intelectuais a serviço da comunicação douradense.

No Enfoque assinei como “By WG” a “Tirinha da Fofoca” na coluna da Telma por cinco meses, até o encerramento das atividades do jornal pelo esgotamento de Irma com as sequelas deixadas em seu esposo e sócio, o jornalista Júnior Chese de Araújo, vítima de um acidente entre Itaporã e Maracaju.

Sem o jornal, fui convidado pelo publicitário Ricardo Ojeda a escrever matérias esportivas na Revista Perfil, na qual também trabalhava a jornalista recém-formada Regina Bittencourt. Foi praticamente o início da minha reportagem de rua e da elaboração de textos. Ojeda mora há muito tempo em Três Lagoas onde é proprietário do site Perfil News.

Nas minhas reportagens nos campos de treinamento do extinto Clube Atlético Douradense, do Ubiratan e do Douradão conheci a imprensa esportiva de Dourados. Essas amizades me abriram as portas nas redações dos jornais e nas emissoras de rádio. Trabalhei na Caiuás, na Clube e fiz bicos na Grande FM.

Na Rádio Caiuás, a convite do amigo Antônio Neres, produzi crônicas para o programa “Boa noite para você”. Também ajudei um dos meus grandes mestres, Luiz Rogério de Sá, em seu programa “Eu quero falar para você”. A partir daí passei a fazer parte da redação, produzindo noticiários e textos jornalísticos.

Na Caiuás tive o prazer de conviver com o Odir Pedroso, Daniel Santos, Antônio Coca, André Jorge, Antônio Carlos Ruiz, Laura Márcia e Val Esper. E com Maurício Nunes e Nhô Tito, ambos falecidos.

Já na Rádio Clube trabalhei nos programas Retrato da Cidade, Show da Cidade, Hora do Balanço, com o saudoso Cloe Fazzano, com Albino Mendes, Coca, Gilberto Orlando, Bete Salomão e o maior de todos os mestres: Jorge Antônio Salomão.

Passado o tempo nas AMs fui trabalhar com o Coca na FM 92,1. E lá nasceu o “Camburão do Russo”, que até hoje é lembrado pelos ouvintes. Quando eu entrava no ar, todo mundo sabia que lá vinha notícia ruim.

No ar eu sempre dizia “notícia ruim para mim é boa”, e imortalizei a palavra “caxangueiro” – a denominação dada pela Polícia Civil aos arrombadores de residências.

A passagem em tantas redações e já amigo de Cícero Faria, Antônio Viegas, Élvio Lopes (na época correspondente do Correio do Estado), José Henrique Marques (então presidente do Sindicato dos Jornalistas), Luis Carlos Luciano, Vander Verão, Prudêncio Campos (in memorian), Márcia Carreri (in memorian) e outros colegas, aprendi e continuo aprendendo o ofício de jornalista.

Mas foi em um barracão de madeira próximo onde é hoje é o transbordo, que senti pela primeira vez o “cheiro de chumbo”, que fazia na produção dos semanários folha de dourados separados e “O Democrata” de Caarapó. Foi então que conheci Theodorico Luís Viegas, o maior professor de todos que tive e também o funcionamento de uma oficina de impressão de jornal.

O falecido “Juarez”, com a sua sempre quente impressora “linotipo”, movida a fogo, matrizes e chumbo para confeccionar as letras dos textos que bem ou mal eu fazia, assim como as cópias de telex com notícias das agências nacionais, que eu ia buscar na redação do jornal “O Panfleto”.

Pelo menos uma vez por semana eu ia a Caarapó buscar matérias da Prefeitura e da Câmara dos Vereadores e outras notícias da cidade para fazer “O Democrata”, semanário de propriedade do dono da folha de dourados.

No Panfleto fui foca da editoria policial e motorista do João Carlos Torraça, o Macarrão. Toda semana íamos para a região em busca de notícias para os jornais O Zangão, de Fátima do Sul, Jornal do Vale, de Ivinhema. Esses três semanários originaram o Diário do Povo/Diário MS.

Integrei a primeira equipe de jornalismo do Diário com Macarrão, Clóvis de Oliveira, Willams Araújo, Antônio Viegas, Ronney Minella, Fábio Dorta, Elias Ferreira, Edvaldo Araújo, Anaurelino Ramos, Clay Correia, “Zezinho” entre outros.

Outro fato marcante em minha trajetória na imprensa foi a saída do Diário do Povo para o Progresso.

No O Progresso tive parceiros como Vander Verão, chefe de redação, Prudêncio Campos (in memorian), José Roberto, Élvio Lopes, Clóvis de Oliveira, Luis Carlos Luciano, editor chefe adjunto, e os fotógrafos Ramão Carlos e Expedito Frota (in memorian), entre outros companheiros de trabalho.

Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pelo que sou hoje, à família, aos companheiros de imprensa e às minhas fontes de informações, em especial das áreas investigativas (Polícias Civil, Militar, perícia técnica, IML, Polícia Federal e Rodoviária Federal, Fórum e Ministério Público Federal e Estadual). E também aos patrões e mestres que muito me ajudaram em minha trajetória. Do mais tudo bem, segue a vida pois a morte é certa meu povo! Parei e fui…!

 

 

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Para Joaquim Soares, Dourados é terra de amizades e oportunidades

O ex-vereador Joaquim Soares, atual secretário municipal de Agricultura Familiar em Dourados, enaltece a cidade onde chegou, ainda garoto, nos idos de 1969. Nascido em Caarapó, em 25 de novembro de 1964, encontrou, na cidade para onde aportou com apenas cinco anos, muito acolhimento, mesmo diante das dificuldades iniciais e por isso, para ajudar no orçamento doméstico, arrumou uma caixa de engraxate e foi para as ruas à procura de clientes.

À época, o menino encontrou, na área central de Dourados, um ambiente propício para seu trabalho. Conheceu e fez amizades com figuras importantes da vida empresarial, social e política de então. Essa inserção possibilitou a ele galgar posições, que nunca havia imaginado, em entidades classistas, na política douradense e no meio esportivo.

É o que revela o ex-vereador no livro “Minha história em Dourados”, lançado esse ano pela Folha de Dourados 2mil Marketing Digital, cujo trecho reproduzimos a seguir.

De Cristalina (município de Caarapó) para Dourados

Em 1969, minha família trabalhava na zona rural, em Cristalina, e resolveu migrar para Dourados. Cheguei aqui com cinco anos. Éramos uma família com vários irmãos e pouca experiência na cidade. Meu pai (na verdade, meu padrasto), seu Adelino, era um trabalhador rural; minha mãe, dona de casa. Ele foi trabalhar em uma máquina de arroz, e minha mãe, como doméstica em residências.

Comecei a trabalhar muito pequeno para ajudar nas despesas de casa. A princípio, andando na rua, oferecendo meu serviço de engraxate. Depois, comecei a frequentar os hotéis, onde eu ia engraxar sapatos na boca da noite. Posteriormente me fixei no centro da cidade. E, graças a Deus, passei a desfrutar da amizade de pessoas do comércio e de outros segmentos que passaram também a ser meus clientes.

Nos primeiros anos em Dourados, atravessamos muitas dificuldades. Para se ter uma ideia, eu pus um sapato no pé, pela primeira vez, quando tinha uns catorze anos. Até então eu andava muito de chinelo. Lembro-me de que esperei cinco anos para comer um frango assado… Tinha um daqueles mostruários no centro da cidade, e eu fiquei durante muito tempo dizendo que um dia iria comprar um frango assado. No quinto ano, fui lá, comprei um frango e o comi sozinho.

Amizades que “lapidaram” a vida

Na época, a área central de Dourados era o ponto de encontro de muitas pessoas que iam discutir as novidades, falar sobre política, futebol e também fazer negócios, como venda de sementes, gado. Tinham pessoas que vinham de São Paulo e do Paraguai e negociavam no Bar Luchese, que ficava em frente ao antigo Cine Ouro Branco. Desde pequeno eu já era corintiano, então eu tinha uma inserção naquele grupo de pessoas que ia lá para discutir os resultados dos jogos, às segundas-feiras. Daí a pouco, além de engraxar sapatos, eu comecei a atuar também como corretor, porque as pessoas vinham me pedir alguma coisa, e, de repente, eu já estava fazendo aquelas correrias.

Então, nesse meio, tive a felicidade de conhecer pessoas que foram fundamentais na minha vida. Uma delas foi o Renê Miguel, dono do cartório. Ele era corintiano, pessoa sensacional; aliás, acho que todo mundo que conheceu o seu Renê sente saudades. Naquele meio conheci também o Napoleão Francisco de Sousa, pessoa genial, que foi prefeito de Dourados. Conheci ainda, na época, o ex-deputado Roberto Razuk, fato que gerou uma grande amizade e uma convivência fantástica, que já dura tantos anos. Para se ter ideia, foi ele quem financiou a minha primeira cadeira de engraxate, o que deu início a uma convivência de mais de cinquenta anos.

Quando estava maiorzinho, passei a conviver com o deputado Ivo Cerzósimo. Eu fazia a limpeza dos calçados dele, engraxava e tal.  Depois conheci o João Totó Câmara; eu ia à casa dele fazer esse tipo de serviço.  Outro do qual não me esqueço é o Faé Bianchi, grande esportista, ubiratanense; aliás, eu virei o ubiratanense por causa dele. Lembro-me também do Aderbal Veloso, do José Sauro, o seu “Zé da Volks”. Deus me permitiu que, desde menino, eu tivesse boas amizades; e, sempre ouvindo os bons conselhos, fui moldando meu caráter e criando uma consciência para a vida. Sou grato a eles e às oportunidades que Dourados me deu, ao longo da vida.

Entre as pessoas que me ajudaram, assim como a outros garotos, na época, não me esqueço do “seu” Amaral, diretor do jornal “O Progresso”. Éramos um grupo de meninos que engraxava sapato no centro e só ia embora na sexta-feira, porque nossas casas eram longe. Então, ficávamos ali durante a semana e, às vezes, dormíamos debaixo de uma árvore. De vez em quando, o seu Amaral nos chamava para um cantinho que tinha no jornal e nós dormíamos ali.

O ingresso na política

Quando o Razuk entrou na política, eu morava na região do Jardim Flórida e fui convidado a fazer campanhas eleitorais para ele. Fiz duas. Depois o Razuk deu um tempo na política, e então ajudei também o deputado Zé Teixeira, por duas vezes. Nesse período conheci e fui amigo do Humberto Teixeira, pessoa de coração maravilhoso, que fez o bem para muita gente aqui em Dourados. Era muito religioso, temente a Deus, pessoa que deixou muita coisa boa na periferia.

Também trabalhando na área central da cidade, travei conhecimento com o ex-prefeito Braz Melo, com o ex-prefeito Luiz Antônio. Engraxei o sapato desses prefeitos todos. A verdade é que houve muitas pessoas que passaram na minha vida, nas quais eu me espelhei. Isso porque fui ver uma foto de meu pai somente quando eu já tinha trinta e oito anos; não tive a felicidade e o prazer de conviver com ele. Assim, os amigos preencheram essa lacuna.

O convite para ingressar na política foi feito por dois amigos da época: o ex-vereador João Derli e o advogado Harrison Figueiredo. Eu não me imaginava nesse meio, mas aceitei o convite. Saí candidato a vereador pelo PDT. Fiz minha campanha a pé, não tinha nem uma bicicleta. Fiz 534 votos e até eu mesmo me surpreendi com o resultado. O João Derli foi eleito e eu fiquei como suplente.

Depois atuei na campanha do Roberto Razuk, e, paralelamente, ampliei meu leque eleitoral, tanto que, em 1996, saí novamente candidato e tive 2.240 votos, elegendo-me vereador. No final dessa legislatura, tornei-me presidente da Câmara, cargo que exerci por dois anos. Na campanha seguinte, perdi a reeleição. Nessa época eu tinha começado a me envolver com o futebol.

Paixão pelo Ubiratan

Em 1998 eu já era presidente do Ubiratan e, nesse ano, conquistamos o campeonato estadual. Na época em que assumi, o clube estava vindo de uma administração muito conturbada. Naquele momento, eu não tinha experiência no futebol, mas contei com a ajuda do Rômulo Vieira, um grande amigo. Tive também a ajuda do Amaury Vasconcelos, outro ubiratanense, e do Martinho Barros, pessoa que muito me orientou e ajudou.

Até hoje faço parte da diretoria do Ubiratan. Fui bicampeão em 1999 e vice-campeão em 2000. Aí, paramos um período com o futebol, voltamos em 2013, fomos campeões da série B. Disputei quatro títulos, ganhei três e, em um, fiquei como vice. Já o Razuk foi o primeiro campeão da história de Dourados. Em 1990, ele conseguiu trazer o primeiro título para Dourados naquele jogo histórico contra o Naviraiense, conhecido como “A Batalha de Naviraí”. Posteriormente trouxemos o Corinthians aqui, na Copa do Brasil. Jogamos aqui e em São Paulo, sendo esse um dos grandes feitos da história do esporte douradense.

Ao longo desses anos, as escolinhas do Ubiratan nunca pararam; demos também continuidade ao futebol amador. Aliás, penso que um dos fatores que mais contribuem com a sociedade são as escolinhas de futebol, porque um garoto que está numa escolinha tem a sua formação como homem, como ser humano. Aprende a ser disciplinado, a entender essa grande competição – a vida em sociedade.  E a história do Ubiratan tem mais de nove, dez mil atletas que por ali passaram.

Nesse intervalo eu recebi convite e fui trabalhar na administração do Tetila. No último ano exerci o cargo de Secretário de Obras, o que me faz também sempre agradecido ao Tetila pela confiança. Quando a dona Adélia assumiu a Prefeitura, fui convidado para ser Secretário de Serviços Urbanos. Fiquei lá em torno de vinte e dois meses; depois fiquei, por três anos, no gabinete do deputado Neno Razuk. Na sequência, fui, por mais de um ano, chefe do Inmetro em Dourados.

Perspectivas para 2024

No começo da atual gestão, recebi convite do prefeito Alan Guedes e do deputado Vander Loubet, e, hoje, estou à frente da Secretaria de Agricultura Familiar, onde fazemos um trabalho voltado às pequenas propriedades, às aldeias indígenas, aos quilombos e assentamentos. Penso que as perspectivas são boas. Vai nascer um novo momento a partir de 2024, com políticas públicas para a agricultura familiar. Estamos contribuindo, fazendo aquilo que está ao nosso alcance para que essas pessoas possam ter uma vida melhor.

No Ubiratan, as expectativas também são animadoras. Estamos conversando, fazendo estudos e a proposta é não deixar a história do clube morrer. Estamos fazendo um trabalho com todos os ubiratanenses para que possamos deixar essa história cada dia mais forte, cada dia mais viva. Não podemos nos esquecer do trabalho de pessoas, como o seu Décio Rosa Bastos, um dos presidentes do Ubiratan que fez o trabalho mais bonito na história do Clube. Assim como o Razuk, que também pegou o clube na massa falida e organizou, levou o time a ser bicampeão. Esse legado e esses feitos precisam ser lembrados e valorizados, tal como a própria história de Dourados, que, a meu ver, vai ser ainda mais grandiosa do que tem sido até aqui.

Para Joaquim Soares, Dourados é terra de amizades e oportunidades

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Saúde de MS reforça importância da suplementação de vitamina A na infância

Em meio às rotinas de cuidados com a saúde infantil, um pequeno detalhe pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento e bem-estar das crianças: a suplementação de vitamina A. Muitas vezes esquecida ou subestimada, essa vitamina desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças, no fortalecimento do sistema imunológico e na proteção da visão. Embora sua ausência nem sempre seja percebida de imediato, os impactos da deficiência podem ser graves e, em alguns casos, irreversíveis.

Pensando nisso, a SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da gerência de Alimentação e Nutrição, reforça a importância de manter em dia a suplementação de vitamina A em crianças de 6 meses a 59 meses. A iniciativa integra o PNSVA (Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A), coordenado pelo Ministério da Saúde, e visa garantir que todas as crianças nessa faixa etária recebam a dose certa, no tempo certo.

A deficiência dessa vitamina pode trazer sérias consequências à saúde infantil, como aumento da suscetibilidade a doenças respiratórias e diarreias, além de problemas oculares, como a xeroftalmia — condição que pode levar à cegueira irreversível. Por isso, manter a administração das doses em dia é fundamental para garantir um desenvolvimento saudável às crianças.

Saúde de MS reforça importância da suplementação de vitamina A na infância
Cápsulas de Vitamina A com 100.000 UI (Divulgação/Farmanguinhos-Fiocruz)

Segundo o gerente de Alimentação e Nutrição da SES, Anderson Holsbach, a suplementação de vitamina A deve ser tratada como prioridade na atenção à saúde da criança.

“A vitamina A é um recurso simples, seguro e altamente eficaz na prevenção de agravos à saúde infantil. Nosso papel, enquanto gestão estadual, é apoiar os municípios com o fornecimento, orientações técnicas e estratégias para ampliar a cobertura. É essencial que os profissionais de saúde e as famílias estejam atentos ao esquema de suplementação e façam o registro correto na Caderneta da Criança. Garantir essa dose na idade certa é uma forma concreta de cuidar do presente e do futuro das nossas crianças”, garante Anderson.

A operacionalização do PNSVA no estado segue um fluxo rigoroso: o Ministério da Saúde envia as cápsulas de megadoses (100.000 UI e 200.000 UI), que são distribuídas aos municípios conforme metas definidas, estoques locais e histórico de perdas. A entrega ocorre semestralmente e os municípios ainda podem solicitar doses extras para campanhas ou ações específicas.

Para a nutricionista e responsável técnica pelo Programa de Micronutrientes da SES, Gláucia da Silva Nunes, a vitamina A é um micronutriente essencial que precisa ser garantido desde os primeiros anos de vida.

“Do ponto de vista nutricional, a vitamina A é fundamental para o crescimento, a integridade da pele e das mucosas, e a proteção contra infecções. Além disso, ela atua diretamente na saúde ocular, sendo indispensável para o bom funcionamento da visão, especialmente em ambientes com pouca luz. Quando a alimentação não supre as necessidades da criança a suplementação torna-se uma medida de segurança nutricional. É uma estratégia simples, mas com grande impacto na saúde pública”, explica.

A administração da vitamina A pode ser feita durante as consultas de puericultura ou nas salas de vacinação, e a equipe de saúde pode definir as melhores estratégias conforme a realidade local — incluindo visitas domiciliares ou ações de busca ativa.

Esquema para administração de Vitamina A em crianças de 6 a 59 meses:

Saúde de MS reforça importância da suplementação de vitamina A na infância

A suplementação é registrada na Caderneta da Criança e acompanhada por meio do sistema SISAB (Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica). É responsabilidade dos municípios monitorar o cumprimento da meta de cobertura, desenvolvendo estratégias de busca ativa quando necessário.

O suplemento é oferecido por via oral, nunca por via intramuscular ou endovenosa. O intervalo mínimo entre as doses é de quatro meses, e o esquema correto deve ser seguido para garantir a eficácia da suplementação.

A SES destaca ainda que a atualização constante dos dados no sistema e o correto registro da suplementação são fundamentais para o acompanhamento efetivo do programa. O passo a passo para o monitoramento está disponível no site: www.nutricao.saude.ms.gov.br .

A saúde das crianças começa com prevenção — e a vitamina A é um passo essencial nesse caminho.

 

 

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

CCR MSVia promete fresa asfáltica para recuperar ruas das Sitiocas Campo Belo

Juliel Batista –

Após anos enfrentando problemas crônicos de infraestrutura e mobilidade, especialmente em períodos de chuva, os moradores das Sitiocas Campo Belo I, II e III, em Dourados, poderão ter um avanço nas condições viárias da região. A concessionária CCR MSVia anunciou a doação de 4.000 m³ de fresa asfáltica para a Associação de Moradores, como parte de um projeto voltado à melhoria das ruas locais.

A iniciativa surgiu a partir de uma proposta elaborada pela própria associação, que foi apresentada à plataforma da CCR MSVia e aprovada pela empresa. A ação busca atender a uma antiga demanda da comunidade, que há anos convive com vias de difícil acesso, lamaçal em épocas de chuva e isolamento parcial de famílias, que muitas vezes não conseguem sair ou chegar às suas residências.

Com a aprovação da doação, a Prefeitura Municipal de Dourados assumiu a responsabilidade de executar as obras, o que inclui retirada do material antigo, correção topográfica, aplicação e compactação da fresa em um total de 6,26 quilômetros de ruas. No entanto, a etapa de execução ainda está em fase de planejamento, e os moradores aguardam com expectativa o início efetivo dos trabalhos, previsto para junho de 2025.

CCR MSVia promete fresa asfáltica para recuperar ruas das Sitiocas Campo Belo
Imagem: Associação dos Moradores do Campo Belo

A situação da região é reflexo de uma série de gestões que, ao longo dos anos, deixaram de promover investimentos consistentes em infraestrutura urbana nas áreas mais afastadas do centro da cidade. As Sitiocas, historicamente têm recebido pouca atenção do poder público, o que agravou os problemas de acesso e escoamento durante o período chuvoso.

A parceria entre a iniciativa privada e a Prefeitura é vista como um avanço, mas ainda gera cautela entre os moradores, que cobram o cumprimento dos prazos e a execução adequada das obras. O temor é que mais uma vez o projeto fique apenas no papel, como ocorreu em gestões anteriores.

A melhoria das ruas representa mais do que conforto: é uma necessidade urgente para garantir o direito de ir e vir da população local, o transporte escolar e o acesso a serviços básicos como saúde e segurança pública. Para os moradores, a conclusão da obra poderá significar o fim de um ciclo marcado por promessas não cumpridas e abandono estrutural.

CCR MSVia promete fresa asfáltica para recuperar ruas das Sitiocas Campo Belo
Imagem: Associação dos Moradores do Campo Belo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados