Dois terços dos brasileiros moram em ruas arborizadas; Dourados é a 5ª cidade

Quase 115 milhões de brasileiros moram em ruas com ao menos uma árvore. Essa é uma das conclusões da pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados do Censo 2022. Dois terços dos brasileiros moram em ruas arborizadas; Dourados é a 5ª cidadeDois terços dos brasileiros moram em ruas arborizadas; Dourados é a 5ª cidade

O número corresponde a 66% da população pesquisada, o que significa que, a cada três brasileiros, dois moravam em ruas arborizadas.

Dessas pessoas, 32,1% residiam em endereços que possuíam cinco árvores ou mais; 13,5%, em vias com três ou quatro árvores; e 20,4% em locais com duas árvores no máximo.

Mato Grosso do Sul (92,5%) é o único estado com percentual acima de 90%. As menores marcas ficaram com Sergipe (38,6%), Santa Catarina (41%), Acre (42,1%) e Amazonas (44,6%), sendo os dois últimos localizados no bioma Amazônia.

O IBGE considerou apenas arborização em áreas públicas, ou seja, excluiu da contagem árvore em quintal de casas, por exemplo. Como a metodologia é diferente da utilizada no Censo 2010, não houve comparação de dados.

A pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios coletou dados sobre capacidade de circulação de vias, presença de pavimentação, calçadas, bueiros, iluminação pública, pontos de ônibus, rampa para cadeirantes, arborização e sinalização para bicicletas.

Cerca de 30 mil agentes coletaram características dos trechos das vias onde moram as pessoas, delimitação que o IBGE chama de face de quadra. De forma simplificada, cada face pode ser entendida como um pedaço da quadra onde fica o domicílio, por exemplo, de uma esquina a outra. Isso significa que as árvores precisavam estar no trecho da rua em que os moradores residiam para serem consideradas.

Conheça as cidades mais arborizadas do Brasil

Relação das 15 concentrações urbanas (localidades que reúnem mais de 100 mil habitantes) com maiores proporção de moradores em áreas arborizadas:

  1. Birigui (SP): 98,4%
  2. Sertãozinho (SP): 97,5%
  3. São José do Rio Preto (SP): 97,3%
  4. Maringá (PR): 97,2%
  5. Dourados (MS): 97,1%
  6. Londrina (PR): 96,8%
  7. Umuarama (PR): 96,6%
  8. Araçatuba (SP): 96,1%
  9. Ourinhos (SP): 95,9%
  10. Jaú (SP): 95,6%
  11. Araraquara (SP): 95,1%
  12. Marília (SP): 94,9%
  13. Toledo (PR): 94,6%
  14. Sinop (MT): 94,0%
  15. Rondonópolis (MT): 93,8%

Ciclovias

Os agentes censitários buscaram também informações relacionadas a um elemento que têm ligação direta com sustentabilidade: vias com sinalização para bicicletas.

Em todo o país, 3,3 milhões de moradores residem em vias nas quais há sinalização para bicicletas. Isso representa 1,9% da população pesquisada. Foram consideradas soluções como ciclovias, ciclofaixas, placas e pintura no chão.

Santa Catarina se destaca entre os estados, com o patamar de 5,2% dos moradores. As cinco concentrações urbanas com maiores índices são todas catarinenses: Joinville (11,2%), Jaraguá do Sul (9,8%), Itajaí – Balneário Camboriú (7,2%), Florianópolis (7,1%) e Blumenau (6,8%).

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Brasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da Conab

O Brasil registrou a segunda maior produção de cana-de-açúcar, durante o ciclo 2024-2025, com um total estimado de 676,96 milhões de toneladas do produto. O resultado é 5,1% menor do que a safra recorde, registrada no ciclo anterior, colhido entre 2023 e 2024.Brasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da ConabBrasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da Conab

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda foi “reflexo dos baixos índices de chuvas, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que representa 91% da produção total do país”, aliado à queimada observada nos canaviais. O fogo, segundo a companhia, consumiu vários talhões de cana em plena produção.

“Essas condições adversas registradas ao longo da temporada influenciaram negativamente na produtividade média, ficando em 77.223 quilos por hectares”, registrou a Conab ao anunciar, nesta quinta-feira (17), os resultados do 4º Levantamento sobre a cultura divulgado pela Companhia.

>>Seca extrema derruba produtividade de cana e usinas antecipam colheita

Sudeste e Centro-Oeste

Brasília (DF), 28/03/2025 - Prédio da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab.. Foto: Sindsep-DF/Divulgação

Conab divulgou nesta quinta-feira estimativa da safra de cana. Foto-arquivo: Sindsep-DF/Divulgação

Principal região produtora de cana, o Sudeste colheu 439,6 milhões de toneladas, resultado 6,3% inferior ao obtido na safra anterior. Em termos de área, houve um aumento de 7,5% na mesma base de comparação, chegando a um total de 5,48 milhões de hectares

“Esse aumento, no entanto, não foi suficiente para recuperar as perdas registradas pela queda da produtividade de 12,8%, estimada em 80.181 quilos por hectare”, justificou a Conab.

No Centro-Oeste, a colheita não apresentou grandes variações em relação ao resultado da safra recorde, obtida no ciclo anterior. Foram colhidas 145,3 milhões de toneladas (alta de 0,2%), nesta relevante região produtora.

“Assim como no Sudeste, a área cresceu 4%, chegando a 1,85 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi 3,7% menor, projetada em 78.540 quilos por hectare”, informou a Conab.

Nordeste, Sul e Norte

A colheita do ciclo 2024/2025 está ainda sendo finalizada na Região Nordeste. Se confirmada a estimativa da companhia, a produção por lá ficará em 54,4 milhões de toneladas, o que representa queda de 3,7% em relação à safra anterior.

De acordo com a Conab, este resultado sofreu influência da restrição hídrica na região, o que reduziu as produtividades médias das lavouras. A área colhida aumentou 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares.

A Região Sul apresentou queda tanto em termos de área como produtividade. Estimada em 33,6 milhões de toneladas, a produção ficará 13,2% inferior ao ciclo passado.

Já na Região Norte, o panorama é o oposto, com aumentos de área e produtividade, de 1,4% e 1,1% respectivamente. Segundo a Conab, a colheita está estimada em 4 milhões de toneladas na região.

Subprodutos

A redução do volume de cana colhido resultou também em queda na produção de açúcar. O levantamento indica que a queda ficou em 3,4%, o que corresponde a um total estimado de 44,1 milhões de toneladas.

“Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada para a fabricação de açúcar”, explicou.

Etanol

No caso do etanol, houve crescimento de 4,4% na produção total, de 37,2 bilhões de litros. A alta foi obtida mesmo com a queda (de 1,1%) da produção a partir do esmagamento da cana, em consequência da piora das condições climáticas. O total produzido ficou em 29,35 bilhões de litros.

“O bom resultado se deve ao incremento do etanol fabricado a partir do milho. Nesta safra, cerca de 7,84 bilhões de litros têm como origem o cereal, um aumento de 32,4% frente ao ciclo 2024/23”, informa a companhia.

Exportações

De acordo com a Conab, as exportações se mantiveram elevadas, mantendo o Brasil como principal fornecedor mundial do produto.

“No fechamento da safra 2024/25, os volumes de açúcar ficaram estáveis em relação à safra anterior, no patamar de 35,1 milhões de toneladas. Porém, a receita foi de US$ 16,7 bilhões, queda de 8,2% em relação à receita da última safra, fruto do cenário de preços menores”, diz a Conab.

Já a exportação de etanol fechou o ciclo com um total de 1,75 bilhão de litros embarcados. Uma queda de 31% na comparação com o ciclo 2023/24.

A Conab explica que o etanol de milho tem ganhado mais relevância, com aumento tanto de produção em novas unidades como de eficiência das plantas já existentes.

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Cai à metade proporção de brasileiros que vivem em ruas sem calçada

O calçamento das ruas avançou no Brasil entre 2010 e 2022, mas a presença de obstáculos como buracos e desníveis perto das residências ainda é um problema que afeta oito em cada dez brasileiros.Cai à metade proporção de brasileiros que vivem em ruas sem calçadaCai à metade proporção de brasileiros que vivem em ruas sem calçada

Os dados fazem parte do Censo 2022 e foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios. O estudo coletou dados sobre capacidade de circulação de vias, presença de pavimentação, calçadas, bueiros, iluminação pública, pontos de ônibus, rampa para cadeirantes, arborização e sinalização para bicicletas.

A pesquisa do IBGE mostra que entre os censos de 2010 e 2022, caiu praticamente à metade a proporção de brasileiros que viviam em locais sem calçadas. Em 2010, eram 32,7% dos habitantes, patamar que diminuiu para 15,7% em 2022. Esse número representa 27,3 milhões de brasileiros.

Distrito Federal e Goiás são as unidades da federação com maior proporção de moradores em ruas com calçadas, 92,9% e 92,6%, respectivamente. Na outra ponta, o Amapá tem apenas 57,1% dos moradores nessa condição.

Ao mesmo tempo em que o levantamento mostra que 84% dos brasileiros residem em vias com calçadas, apenas 18,8% dos moradores têm endereços em vias com calçadas livre de obstáculos, como buracos, desníveis, entradas para estacionamento irregulares ou calçadas quebradas.

Na publicação, o IBGE observa que a importância das calçadas vai além da simples função de circulação de pedestres.

“Calçadas bem cuidadas valorizam os imóveis e o espaço urbano como um todo, elas podem ser usadas para paisagismo, áreas de descanso, arte urbana e mobiliário público, tornando a cidade mais atraente, além de promoverem modos de transporte mais sustentáveis, como a caminhada, ajudando a reduzir a poluição e o congestionamento urbano”, descreve o instituto.

Calçada da Praia de Ipanema

Calçada da Praia de Copacabana é uma das mais famosas do Brasil – Tomaz Silva/Agência Brasil

Pavimentação

O estudo apontou que 154,1 milhões de pessoas moravam em vias pavimentadas, o que correspondia a 88,5% do total de brasileiros. Isso significa que ao menos oito em cada dez pessoas no Brasil moram em endereços com vias pavimentadas.

Ao buscar dados sobre pavimentação, o IBGE considerou diversos tipos como asfalto, cimento, paralelepípedos e calçamento poliédrico, também conhecido como pé de moleque. Em vias sobre palafitas, foram considerados também vias revestidas com tábuas de madeira.

As vias foram identificadas como pavimentadas quando o calçamento abrangia mais da metade da extensão. No Censo de 2010, não havia essa necessidade mínima para considerar a via pavimentada e, por isso, o IBGE não apresentou comparação entre os dois censos.

O IBGE contextualiza que a pavimentação é fundamental para o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida dos cidadãos, representando, por exemplo, mais segurança e mobilidade no trânsito, facilidade de transporte de mercadorias e redução de poeira, lama e barulho.

Unidades da Federalção (UF) com mais de 90% de moradores em vias pavimentadas:

  • São Paulo: 96%
  • Minas Gerais: 95,3%
  • Distrito Federal: 94,2%
  • Goiás: 94%
  • Paraná: 91,8%
  • Espírito Santo: 91,3%

UFs com menos de 80% de moradores em vias pavimentadas:

  • Pará: 69,3%
  • Rondônia: 70,4%
  • Amapá: 71,9%
  • Pernambuco: 76,3%
  • Maranhão: 77,5%
  • Mato Grosso do Sul: 78,8%
  • Paraíba: 79,2%

A pesquisa também fez classificações com base na capacidade de circulação das vias. Foi possível identificar que 90,8% dos moradores tinham endereço em ruas que podiam receber caminhões, ônibus e veículos de carga.

Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, seis capitais ficaram entre as que apresentaram menores percentuais de ruas que poderiam receber veículos maiores: 

  • Salvador (BA): 63,4%
  • Recife (PE): 70,4%
  • Macapá (AP): 76,9%
  • Belém (PA): 80,4%
  • Rio de Janeiro (RJ): 81,7%
  • Maceió (AL): 83,9%

De acordo com o analista do IBGE Maikon Roberth de Novaes, “algumas características ligadas à própria geografia das cidades e a presença de favelas e comunidades urbanas pode explicar, em parte, essa questão de percentuais baixos em grandes cidades”.

Iluminação pública e ônibus

Ao visitar os milhões de endereços pelo país, os agentes censitários identificaram que 97,5% dos moradores viviam em locais com estrutura de iluminação pública. Em 2010, o patamar era de 95,2%. Em 2022, o Amapá (88,5%) era o único estado em que essa marca fica abaixo de 90%.

A pesquisa verificou apenas a presença de postes de luz, sem se ater se estavam funcionando durante as noites.

Os pesquisadores também buscaram se saber ônibus e vans passavam nos domicílios dos brasileiros. O resultado é que 8,8% dos habitantes viviam em ruas com ponto de parada desses meios de transporte – independentemente da frequência de circulação.

O analista do IBGE Maikon Roberth de Novaes considera que a presença do transporte público “traz a possibilidade mais democrática de acesso e realização de atividades sociais, culturais, políticas e econômicas”.

Ele classifica o percentual identificado pela pesquisa como “muito baixo”. O número representa 15,3 milhões de pessoas.

No entanto, Novaes avalia que não é necessário que todas as ruas tenham ponto de ônibus. “É recomendado que o domicílio esteja a 300 metros e 500 metros de um ponto de ônibus. Então não é um resultado tão ruim assim, apesar do índice baixo”, pondera.

O levantamento mostra que, conforme aumenta o porte das localidades, maior o percentual de moradores em vias com ponto de transporte coletivo. Nas metrópoles, o índice é de 12,3%; nas capitais, 10,7%; e nos centros locais, 2,3%.

Ônibus joga água na calçada durante chuva na Avenida Paulista.

Ônibus joga água na calçada durante chuva na Avenida Paulista. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Metodologia

Cerca de 30 mil agentes censitários do IBGE coletaram características dos trechos das vias onde moram as pessoas, delimitação que o instituto chama de face de quadra. De forma simplificada, cada face pode ser entendida como um pedaço da quadra onde fica o domicílio, por exemplo, de uma esquina a outra.

Os agentes censitários verificaram informações de 11,4 milhões de faces de quadra, que abrangem 63,1 milhões de domicílios – 69,56% do total do país. Ao todo, esse universo representa 174,2 milhões de moradores – 85,75% da população brasileira (202,1 milhões de pessoas).

Esses setores censitários que tiveram os dados recolhidos possuem características urbanas, incluindo áreas de povos indígenas e favelas. Regiões com predominância agropecuária foram excluídas.

 

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Presença de rampa para cadeirante aumenta quatro vezes em 12 anos

No intervalo de 12 anos, a proporção de brasileiros que vivem em ruas que têm rampa para cadeirante aumentou quatro vezes. A constatação está em mais um conjunto de dados do Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Presença de rampa para cadeirante aumenta quatro vezes em 12 anosPresença de rampa para cadeirante aumenta quatro vezes em 12 anos

No Censo 2010, os pesquisadores identificaram que 6 milhões de pessoas moravam em vias que tinham rampa para cadeirante. Esse número representava 3,88% da população pesquisada. Já na contagem censitária de 2022, foram identificadas 26,5 milhões de pessoas residindo em endereços que contavam com rampa de acessibilidade, patamar que significa 15,2% da população pesquisada.

Para chegar a esses números, o IBGE registrou características de trechos chamados de faces de quadra. De forma simplificada, é o espaço de uma esquina a outra de uma rua.

Foram coletadas informações de 11,4 milhões faces de quadra, que abrangem 63,1 milhões de domicílios – 69,56% do total do país. Ao todo, esse universo representa 174,2 milhões de moradores ─ 85,75% da população brasileira (202,1 milhões de pessoas).

O Censo 2022 ainda não divulgou dados sobre pessoas com deficiência, mas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), também realizada pelo IBGE, revela que em 2022 o país tinha 7,078 milhões de pessoas com 2 anos ou mais de idade com dificuldade para andar ou subir degraus, o que representa 3,4% da população.

Ao relacionar as informações coletadas com dados de localização de estabelecimentos, o IBGE identificou que menos da metade (47,2%) dos estabelecimentos de saúde tinha rampa para cadeirante, enquanto apenas 31,8% dos estabelecimentos de ensino apresentavam rampa nas calçadas.

Pontos de acessibilidade no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Rampas de acesso ao Parque dos Patins ( Fernando Frazão/Agência Brasil)
Pontos de acessibilidade no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas  Fernando Frazão/Agência Brasil

Diferenças regionais

O Censo 2022 revela que Mato Grosso do Sul é a unidade da federação (UF) com maior percentual da população vivendo em rua com rampa para cadeirante, 41,1%. Paraná (37,3%) e Distrito Federal (30,4%) aparecem em seguida.

Na ponta contrária, as menores proporções ficam com Amazonas (5,6%), Pernambuco (6,2%), Maranhão (6,4%) e Pará (7%). 

Ao listar por concentração urbana – localidade com mais de 100 mil habitantes – o IBGE identificou que apenas cinco apresentam mais da metade dos moradores vivendo em ruas que contam com rampas para cadeirantes, sendo três no Paraná:

  • Maringá (PR): 65,7%
  • Toledo (PR): 61,3%
  • Cascavel (PR): 59%
  • Campo Grande (MS): 55,7%
  • Uberlândia (MG): 51,7%.

Analisando por município, Barra Bonita, em Santa Catarina, é a campeã na proporção de habitantes morando em via com a presença de rampa de acessibilidade, 90,9%.  

O estado do Paraná tem 11 dos 15 municípios com maior proporção de pessoas vivendo em ruas com rampa para cadeirantes. Veja a lista:

  • Barra Bonita (SC): 90,9%
  • Jardim Olinda (PR): 90,0%
  • Guaporema (PR): 83,1%
  • Jaguaribara (CE): 82,7%
  • Flórida (PR): 82,6%
  • Boa Esperança do Iguaçu (PR): 80,7%
  • União de Minas (MG): 79,5%
  • Atalaia (PR): 79,1%
  • Novo Itacolomi (PR): 79,1%
  • São Jorge do Ivaí (PR): 78,0%
  • Maringá (PR): 77,3%
  • André da Rocha (RS): 77,2%
  • Lobato (PR): 76,7%
  • Ourizona (PR): 76,2%
  • São Carlos do Ivaí (PR): 75,2%

O IBGE ressalta que 1.864 municípios do país – um terço do total – possuem menos de 5% de moradores vivendo em vias com rampa para cadeirantes, enquanto 157 municípios (2,8% do total) não existem moradores nessa situação.

Metodologia

O instituto considerou na contagem rampas exclusivamente para cadeirantes e travessias elevadas de pedestres – estrutura que permite cadeirantes atravessarem ruas sem precisar de esforço para subir nas calçadas. Rampas de garagem não foram consideradas.

O gerente de pesquisas e classificações territoriais do IBGE, Jaison Cervi, explicou à Agência Brasil que o instituto não pesquisou a motivação para a oferta de rampas, mas, segundo ele, “a legislação, campanhas educativas e inclusivas podem ter contribuído para a maior presença do equipamento”.

A presença de rampas é uma das determinações da Lei da Acessibilidade (Lei 10.098/2000). O Artigo 3º descreve: “O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.

O analista do IBGE Maikon Roberth de Novaes explica que no Censo 2022, um condicionante para ser considerada a presença de rampa é haver calçada na via, diferentemente do Censo 2010. Mesmo com essa diferença entre as contagens censitárias, Novaes afirma que é possível fazer comparação entre os dados.

“Em 2010, a rampa para cadeirante não era condicionada a calçadas. É possível que tenha sido respondido mesmo não tendo calçada. Isso é muito pouco provável. Pode acontecer, mas é muito pouco provável”, justifica.

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Destaque nacional, HRMS tem as melhores práticas de segurança do paciente na UTI em MS

O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) foi destaque nacional na avaliação das práticas de segurança do paciente realizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Maior hospital público de Mato Grosso do Sul, o HRMS ficou em primeiro lugar entre os hospitais sul-mato-grossenses e tem “alta conformidade” às práticas de segurança dos pacientes em leitos de UTI.

A avaliação foi realizada entre hospitais com UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) adulto no último ano. Em todo o país, foram mais de 1,5 mil hospitais avaliados e, em Mato Grosso do Sul, 29.

O HRMS, hoje, conta com 29 leitos de UTI adulto, 8 leitos de UTI pediátrica, 10 leitos de UTI Neonatal e 10 leitos na UCO (Unidade Coronariana), que também é uma unidade de terapia intensiva, mas dedicada apenas ao tratamento de pacientes com doenças cardíacas graves.

Em hospitais como o HRMS, que contam com UTI adulto, centro cirúrgico e centro obstétrico, são avaliados 21 indicadores, que analisam desde a existência do Núcleo de Segurança do Paciente, protocolos implantados de prevenção de lesão por pressão e de identificação do paciente, por exemplo.

No Hospital Regional de MS, o Núcleo de Segurança do Paciente existe desde 2013 e é responsável por promover ações voltadas à segurança e à qualidade do atendimento aos pacientes. Ele atua em várias frentes para reduzir o risco de danos e eventos adversos durante o processo de cuidado, além de implementar boas práticas de segurança no ambiente hospitalar.

Entre as principais funções do Núcleo, estão a identificação de riscos à segurança dos pacientes dentro do hospital, implementação de protocolos e boas práticas, capacitação e treinamento de profissionais, monitoramento e avaliação dos indicadores de segurança, além da promoção da cultura de segurança entre os profissionais de saúde.

“A segurança do paciente é sempre a nossa prioridade máxima. Aqui no HRMS fazemos um acompanhamento contínuo dos indicadores de segurança e a análise dos eventos adversos para garantir que as boas práticas têm sido adotadas. Por meio delas, conseguimos fortalecer a prevenção de infecções e garantir as boas práticas assistenciais”, afirma a chefe do Núcleo de Segurança do Paciente do HRMS, enfermeira Simone Carvalho.

De acordo com a Anvisa, a avaliação objetiva “promover a gestão dos riscos e a adoção de práticas de segurança em serviços de saúde do país, reforçando a cultura de segurança e propiciando o aprimoramento do cuidado prestado aos pacientes e melhoria da qualidade nesses serviços”.

Para a diretora-presidente da Funsau (Fundação Serviços de Saúde de MS), Marielle Alves Corrêa Esgalha, o reconhecimento da Anvisa reforça o comprometimento de cada profissional que atua no Hospital Regional.

“Esse resultado é motivo de muito orgulho para todos nós. Ele mostra que estamos no caminho certo, com um trabalho sério, permanente e coletivo, que coloca a segurança do paciente sempre em primeiro lugar. Além disso, nos motiva a continuar aprimorando nossos processos, sempre com foco na qualidade do atendimento e no cuidado com a vida”, assegura.

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados