Quase todos os biomas registram queda no desmatamento em 2024; Pantanal lidera com maior redução

Cinco dos seis biomas brasileiros tiveram redução no desmatamento em 2024, segundo o Mapbiomas. A exceção foi a Mata Atlântica, que se manteve praticamente estável em relação a 2023. Quase todos os biomas registram queda no desmatamento em 2024; Pantanal lidera com maior reduçãoQuase todos os biomas registram queda no desmatamento em 2024; Pantanal lidera com maior redução

Os dados consolidados foram lançados nesta quarta-feira (14), na apresentação do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD).

Na comparação entre os dois anos, o Pantanal e o Pampa foram os biomas que apresentaram a maior redução das áreas desmatadas. O Cerrado aparece em terceiro lugar, seguido da Amazônia e da Caatinga. A Mata Atlântica teve um crescimento de 2%.

Desmatamento registrado em 2024, na comparação com 2023:

  • Pantanal – redução de 58,6%
  • Pampa – redução de 42,1%
  • Cerrado – redução de 41,2% 
  • Amazônia – redução de 16,8% 
  • Caatinga – redução de 13,4% 
  • Mata Atlântica – crescimento de 2%

Em 2024, mais de 89% da área desmatada no país integram a Amazônia ou o Cerrado. As formações savânicas foram as áreas mais desmatadas e responderam por 52,4% de todo o desmatamento no país. As formações florestais representaram outros 43,7%.

Segundo Tasso Azevedo, coordenador geral do Mapbiomas, um dos dados monitorados pela instituição é a perda de vegetação nativa por causa de eventos extremos climáticos, e esse foi o motivo de a Mata Atlântica não ter acompanhado a diminuição do desmatamento observada nos demais biomas. 

“Se não tivesse os desmatamentos que foram computados por conta dos eventos extremos, o desmatamento teria sido 20% menor”, explica.

Área desmatada 

Ao todo, foram desmatados em 2024 no Brasil 1.242.079 hectares e foram registrados 60.983 alertas no território nacional. Na comparação com 2023, a redução foi de 32,4% na área desmatada e 26,9% sobre os alertas de desmatamento.

Em 2024, por dia, a área média desmatada foi de 3.403 hectares e 141,8 hectares por hora. Dia 21 de junho, quando 3.542 hectares de vegetação nativa foram desmatados em 24 horas, foi o dia que registrou maior desmatamento no ano passado. No Cerrado, o ritmo da perda foi mais intenso: 1.786 hectares ao dia.

Na avaliação dos pesquisadores, esse resultado pode refletir três mudanças observadas nesse período. 

“Nesses últimos anos, foram construídos planos de enfrentamento ao desmatamento para todos os biomas, o que não havia antes. Outra questão é que aumentou a participação dos estados nas ações em relação ao desmatamento, em termo de atuarem mais nos embargos e autuações feitas pelo Ibama. O terceiro fator é a questão do crédito rural. Houve um aumento do uso desses dados para a concessão de crédito rural”, explica Tasso.

Apesar das reduções, em 2024, pelo segundo ano consecutivo, o Cerrado foi o bioma que registrou maior área desmatada no país com a subtração de mais de 652 mil hectares de vegetação nativa. 

“Essa mudança ocorreu pela primeira vez em 2023. A gente sempre teve historicamente o desmatamento concentrado em regiões da Amazônia. Esse ano, os dois biomas tiveram uma redução, mas ainda manteve o padrão anterior, porque o desmatamento do Cerrado foi maior que o da Amazônia”, alerta Marcos Rosa, coordenador técnico do Mapbiomas.

Chapada dos Veadeiros
Pelo segundo ano consecutivo, o Cerrado foi o bioma que registrou maior área desmatada no país Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Regiões

A Amacro (pólo agropecuário nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia) teve, pelo segundo ano consecutivo, queda no desmatamento. Foram registrados 5.753 alertas em 89.826 hectares no ano de 2024, o que representa uma redução de 13% em relação a 2023.

No outro extremo, a região do Matopiba (estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) foi onde ocorreu 42% do total de perda de vegetação nativa do país, e também é onde o Cerrado mais foi desmatado, representando 75% da perda de vegetação nativa no bioma.

Estados

Os quatro estados do Matopiba e o Pará foram os que mais desmataram em 2024, representando 65% da área total no Brasil.

Os estados que tiveram maior participação no desmatamento no país em 2024 foram o Maranhão, Pará e Tocantins. Eles representaram respectivamente 17,6%, 12,6% e 12,3% do total de perda de vegetação no país.

Na comparação entre os anos de 2023 e 2024, os estados de Goiás, Paraná e Espírito Santo reduziram o desmatamento em mais de 60%. Já os estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Acre foram os que apontaram maior crescimento.

 “No Rio Grande do Sul, todos os desmatamentos que estavam associados a eventos extremos aconteceram na Mata Atlântica e não nos Pampas”, explica Natália Crusco, da equipe Mata Atlântica do Mapbiomas.

Segundo a pesquisadora, entre abril e maio de 2024, eventos climáticos extremos no estado do Rio Grande do Sul resultaram em grandes perdas da vegetação nativa no estado. Foram registrados 627 alertas que totalizaram 2.805,8 ha de áreas naturais perdidas.

Municípios

De todos os municípios brasileiros, mais da metade (54%) tiveram pelo menos um evento de desmatamento detectado e validado em 2024. Os quatro municípios com maiores aumentos proporcionais são Canto do Buriti, Jerumenha, Currais e Sebastião Leal, todos no estado do Piauí.

Terras indígenas

No último ano, as terras indígenas tiveram uma redução de 24% na perda de vegetação nativa por desmatamento. Foram atingidos 15.938 hectares, o que equivale a 1,3% do total desmatado no país. A Terra Indígena Porquinhos dos Canela-Apãnjekra (MA) se manteve no topo da lista da que mais desmatou, tendo perdido, em 2024, 6.208 hectares, o que representa um aumento de 125% em relação a 2023. Apenas 33% das terras indígenas brasileiras tiveram algum evento de desmatamento ano passado.

Nas Unidades de Conservação (UCs), a perda de vegetação nativa alcançou 57.930 hectares, 42,5% a menos que em 2023. A Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu (PA), no bioma Amazônia, foi a que teve maior área desmatada no país, com 6.413 hectares.

Autorizações

A partir de dados obtidos nos estados, o Relatório Anual do Desmatamento traz ainda dados sobre autorização para supressão de vegetação a partir da análise de dados disponibilizados em portais de transparência ou após provocação dos órgãos ambientais das unidades federativas.

Em 2024, 43% da área desmatada teve alguma autorização para desmatar, sendo o Cerrado o bioma que mais teve esse tipo de liberação, com 66% da vegetação nativa suprimida ocorreu com autorização. Na Amazônia, esse percentual é de 14%.

Segundo Marcondes Coelho, pesquisador do Instituto Centro de Vida (ICV) e colaborador do Mapbiomas, o estado do Maranhão, além de ter sido o de maior participação em percentual no desmatamento do país, também foi o que menos apresentou informações para transparência sobre as ações de fiscalização e também sobre as autorizações para desmatamento. 

“Depois de várias tentativas, chegamos a receber duas bases de dados, mas as informações de autorização, por exemplo, tinham restrição e nós não pudemos usar, então, o estado do Maranhão segue com essa dificuldade de dar transparência a essas informações ambientais para o controle do desmatamento”, diz. 

Vetores

Em uma análise mais ampla sobre a série histórica do Relatório Anual do Desmatamento, iniciada em 2019, os pesquisadores verificaram que o Brasil já desmatou 9.880.551 de hectares nesses seis anos, sendo que 67% desse total foram de vegetação nativa na Amazônia Legal.

De acordo com o Mapbiomas, o desmatamento por pressão da agropecuária responde por mais de 97% de toda a perda de vegetação nativa no Brasil nos últimos seis anos. 

 

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Dourados: Procon divulga pesquisa da cesta básica; tereré, tem diferença de 266,53%

A Prefeitura de Dourados, por intermédio do Procon (Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor), divulgou nesta quarta-feira (14), nova pesquisa de preços dos produtos que compõem a cesta básica. O levantamento foi realizado em 12 supermercados da cidade, no período de 08 a 13 de maio.

Nesta pesquisa, de acordo com o órgão, foram coletados preços de 29 itens, sendo considerados para levantamento produtos pré-definidos.

Os produtos apresentaram variação significativa de um estabelecimento para outro: o alho 200 gramas, por exemplo, apresentou diferença de 141,45%; o quilo da batata inglesa, apresentou diferença de 249%; o quilo da cebola, diferença de 155,90%; erva-mate de tereré, pacote de 500 gramas, diferença de 266,53%; extrato de tomate 300g teve diferença de 387,42%; margarina 500 g, diferença de 200,67%; sal,pacote de 1 quilo, teve diferença de 226,89%; esponja de aço, pacote com 8 unidades, diferença de 299,31%; sabão em pó, 800 gramas, diferença de 228,86%; e, papel higiênico, pacote com 4 unidades, diferença de 313,68%.

Entre os estabelecimentos pesquisados foram encontrados 18 produtos com diferença superior a 100% entre o produto com menor e maior preço, como, por exemplo, farinha de mandioca torrada, pacote de 1 kg; goiabada 300 g; leite em pó integral 400 g; macarrão 500 g; água sanitária 1 litro; sabão em barra, pacote com 5 unidades; creme dental 90 g; e papel higiênico, pacote com 4 unidades de 30 metros.

A diferença do estabelecimento com menor preço e o de maior preço nesta pesquisa é de 53,50%. Em relação à pesquisa do mês de abril/2025 houve um aumento do preço médio da cesta básica de 3,10%.

O Procon alerta que o consumidor deve ficar atento às especificações contidas na embalagem, como, por exemplo, prazo de validade, composição e peso líquido do produto. Qualquer dúvida ou reclamação, ligar para 2222-1536 (ou 2222-1539) ou enviar mensagem para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou, ainda, registrar através do link: https://procon.dourados.ms.gov.br/index._php?class=ReclamacaoForm

Confira a pesquisa completa:

Dourados: Procon divulga pesquisa da cesta básica; tereré, tem diferença de 266,53%

 

 

 

Por: Folha de Dourados.

Segurados do INSS podem pedir devolução de descontos ilegais

A partir desta quarta-feira (14), os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem requerer a devolução de valores descontados indevidamente nos últimos anos. O pedido deve ser feito por meio do aplicativo Meu INSS, pelo site de mesmo nome ou pelo telefone 135.

Agora é possível saber o nome da entidade à qual o aposentado ou pensionista que teve desconto está vinculado, por meio do serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”, disponível no aplicativo.

Cerca de 9 milhões de segurados começaram a ser notificados na terça-feira (13) sobre descontos por entidades e associações. Caso o aposentado ou pensionista constate descontos não autorizados, poderá solicitar a devolução dos valores pelo próprio aplicativo, pelo site do Meu INSS ou pelo telefone 135.

Segundo o INSS, podem ocorrer instabilidades no aplicativo por causa do alto volume de acessos. “O INSS afirma que a Dataprev, empresa que fornece tecnologia para o INSS, está monitorando e acompanhando de perto o aplicativo Meu INSS”, respondeu a autarquia à Agência Brasil.

Para ajudar os segurados que não usam meios eletrônicos, o governo negocia com os Correios a abertura da rede de 8,5 mil agências para atendimento presencial.

Consulta

Para acessar a notificação, é preciso baixar, de forma gratuita, o aplicativo, disponível para os sistemas IOS e Android. O download pode ser feito pela App Store, no caso de celulares do modelo IPhone, ou na Google Play Store, para os demais aparelhos.

Após baixar o Meu INSS, será necessário criar uma conta com login e senha, informando o número do CPF. A senha criada serve também para acessar outros serviços públicos, já que todos os portais foram unificados no sistema Gov.br.

Também é possível criar uma conta no Meu INSS por meio de internet banking de bancos credenciados. Neste caso, basta acessar a opção "Entrar com seu banco", disponível na página inicial do aplicativo.

Com a conta já aberta, é preciso clicar no sininho que aparece no topo, do lado direito; em seguida, em “Configurar Notificações”; e, por fim, selecionar a opção “Permitir notificações”.

Mensagens

Há duas opções de mensagens disponíveis. Uma para quem teve algum tipo de desconto, que está sendo enviada a partir de hoje.

E outra para quem não teve nenhum desconto, enviada na semana passada: “fique tranquilo, nenhum desconto foi feito em seu benefício. O governo federal descobriu a fraude dos descontos associativos não autorizados e seguirá trabalhando para proteger você e seu benefício”, escreveu o INSS na última semana.

Golpes

O instituto reforça que é preciso ter cuidado com golpes. O contato com beneficiários será feito exclusivamente via notificação por meio do aplicativo Meu INSS. Não haverá contato, portanto, via ligação ou envio de mensagem SMS.

Aposentados e pensionistas com dúvidas ou com dificuldade de acessar o aplicativo podem ligar na central de teleatendimento 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h. Para um atendimento mais rápido, os melhores horários para ligar são após as 16h e aos sábados.

“Para saber informações com segurança, basta acessar os canais oficiais do INSS, como o gov.br/inss e redes sociais oficiais”, recomenda o instituto em comunicado.

 

 

 

 

Por: Dourados Informa.

Operação da PF contra juiz do Trabalho acusado de corrupção cumpre mandado em Dourados

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (14) a Operação Amicus Ludicis, para investigar crimes de peculato e corrupção por parte de um juiz da Justiça do Trabalho e de particulares. O nome do magistrado não foi informado pela PF.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em endereços localizados nos municípios de Campo Grande e Dourados.

A investigação também resultou na decretação da indisponibilidade de bens dos investigados, em valor superior a R$ 1,4 milhão.

Os trabalhos investigativos tiveram início após comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, sobre possíveis fraudes processuais praticadas por um magistrado do Trabalho, em conluio com particulares, no período de 2017 a 2024.

Amicus Ludicis em latim significa "amigo da corte". No contexto jurídico, refere-se a um terceiro que intervém em processo para fornecer informações, subsídios ou argumentos técnicos aos juízes, com o objetivo de auxiliar na tomada de decisão.

 

 

 

 

Por: Dourados Informa.

Dourados: Prefeitura apoia 21º Amadorzão da Leda que começa neste domingo

O 21º Amadorzão da Leda, a Liga Esportiva Douradense de Amadores, começa neste domingo (18) e conta com o apoio da Prefeitura de Dourados, nesta temporada que promete movimentar o cenário esportivo com competições acirradas em campo. São 16 equipes de futebol amador inscritas, inclusive de outras cidades de Mato Grosso do Sul, como Paranhos e Glória de Dourados.

As equipes devem ter em seus elencos atletas a partir de 16 anos (sem limite de idade). O desafio é buscar quebrar a hegemonia do Interflória Futebol Clube, que há quatro anos detém o título da competição mais tradicional da Liga Esportiva Douradense de Amadores, a Leda.

Para o presidente da Leda, Eurides Martins, popular “Tubaína”, a edição tem tudo para ser, mais uma vez, brilhante. Segundo ele, as equipes estão muito empolgadas e determinadas a mostrar muito futebol em campo para conquistar o título. “O evento já é tradição em Dourados e com o apoio da prefeitura nesta edição, temos certeza que teremos um belo campeonato, proporcionando momentos muito especiais para os desportistas que comparecerem à Leda”, explica.

Dourados: Prefeitura apoia 21º Amadorzão da Leda que começa neste domingo

Presidente da Leda diz que campeonato contará com disputas acirradas- Crédito: A. Frota

A expectativa é que o nível técnico das partidas disputadas na Leda supere as edições anteriores, já que os times se reforçaram para o Amadorzão 2025. “As equipes já estão muito animadas para buscarem esse título tão cobiçado, que já está por anos seguidos nas mãos do Inter; isso faz o campeonato ficar ainda mais movimentado com os times querendo levar a vitória em 2025”, destaca Tubaína.

O Amadorzão da Leda começa no domingo (18) com competições durante o período matutino e vespertino. A entrada para assistir aos jogos é gratuita. Veja abaixo os duelos já agendados para esta primeira rodada: 9h30 – Luster’s FC/Inter BBB/Universo x Tineu Uniformes/ Ubiratã EC/UND. 15h – C.A D.A FC x Marília FC.

 

 

 

 

Por: Folha de Dourados.

Foto:  Divulgação/ Leda.