Zubeldía confirma reunião com diretoria do São Paulo, mas adverte: ‘Valorizo uma distância’
O técnico Luis Zubeldía confirmou, nesta quarta-feira, após a vitória sobre o vasco, por 3 a 0, a realização de um reunião com a diretoria do São Paulo durante a Data Fifa. Mas, de forma elegante, o treinador afirmou que ‘valoriza uma distância’ dos dirigentes.
“Eles (dirigentes) estão todos os dias no CT, assistem aos treinos, mas eu gosto de valorizar uma distância. Gosto de processar os resultados das partidas”, disse o treinador são-apualino em entrevista coletina no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.
Zubeldía preferiu não reclamar do fato de ter uma série de desfalques por causa de jogadores que foram utilizados por seleções nacionais. “Eu cheguei há pouco tempo e não posso criticar o calendário brasileiro.”
Sobre o jogo, o técnico considerou os gols como prêmios para Luciano e Lucas, os autores. “Eles merecem pelo que fazem no dia a dia e nos treinamentos.”
por: Folha de Dourados
Corinthians tem ‘final’ com o Athletico-PR antes de ‘decisão’ com o Flamengo
O Corinthians faz confronto direto com o Athletico Paranaense nesta quinta-feira, às 20h, na Neo Química Arena, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ameaçados pelo rebaixamento, a partida ganha contornos de tensão às vésperas do duelo entre o time do Parque São Jorge com o Flamengo, no domingo, em jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil.
Ambas as equipes fazem um Brasileirão aquém das expectativas. O Corinthians está na 18ª posição, com 29 pontos. O Athletico ocupa o 15º lugar, com 31 pontos, mas com duas partidas a menos. Caso consiga os três pontos, o time alvinegro pode empurrar o time paranaense para o Z-4 dependendo dos resultados dos também ameaçados Vitória, que recebe o Red Bull Bragantino, e Fluminense, que faz clássico com o Flamengo.
A equipe corintiana não vence há três partidas. Após a boa atuação na vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza, que garantiu o Corinthians nas semifinais da Sul-Americana, a equipe alvinegra foi derrotada no clássico com o São Paulo (2 a 1), levou empate no último minuto em casa com o Internacional (2 a 2), e perdeu para o Flamengo na primeiro duelo por uma vaga na final da Copa do Brasil (1 a 0).
O volante José Martínez, titular da Venezuela na derrota por 2 a 1 para o Paraguai, deve começar a partida entre os 11 iniciais nesta quinta. O técnico Ramón Díaz conta com os retornos de André Ramalho, Fagner e Ángel Romero, suspensos na última partida, e pode voltar a relacionar Talles Magno e Alex Santana, ausentes nas últimas semanas por lesão. Memphis Depay tem chances de começar jogando.
Além da própria comissão técnica, os torcedores encaram o duelo com o Athletico como uma ‘final’ na luta contra o Z-4. Os ingressos estão esgotados e a expectativa é de que mais de 45 mil torcedores compareçam à Arena em Itaquera.
A situação do Athletico-PR também é de muita pressão. No ano do centenário, o clube foi mal nas Copas, acumulou trocas de treinadores e vê distante a classificação para um torneio internacional. A equipe rubro-negra não vence há nove partidas no Brasileirão, o que acabou colocando o time em situação incômoda na tabela.
Ídolo da torcida, o técnico Lucho González assumiu na rodada passada com a missão de alavancar o Athletico, mas a estreia foi com derrota em casa para o líder Botafogo. Diante do Corinthians, o comandante argentino vai contar com as voltas dos experientes Thiago Heleno e Pablo, além de Christian. Fernandinho, machucado, é desfalque.
O Athletico aposta no bom retrospecto fora de casa. Das oito vitórias do time no Brasileirão, metade foram conquistadas longe de Curitiba, fazendo da equipe paranaense o quinto melhor visitante da competição. O Corinthians, por sua vez, perdeu apenas uma partida jogando na Neo Química Arena.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS – Hugo Souza; Fagner, André Ramalho, Cacá e Matheus Bidu; José Martínez, Breno Bidon, André Carrillo e Rodrigo Garro; Romero (Memphis ou Talles Magno) e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
ATHLETICO PARANAENSE – Mycael; Thiago Heleno, Gamarra e Esquivel (Marcos Victor); Cuello, Gabriel, Erick e Fernando; Zapelli (Christian), Canobbio e Pablo (Mastriani). Técnico: Lucho González.
ÁRBITRO – Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
HORÁRIO – 20h (horário de Brasília).
LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo (SP).
por: Folha de Dourados
Corinthians vai jogar a Copa do Brasil de 2025? Entenda regulamento e a situação do clube
Jogar a Copa do Brasil, mais do que objetivo competitivo, representa muito para as finanças dos clubes brasileiros. O torneio é o que mais paga no País em premiação. O campeão deste ano, por exemplo, vai receber R$ 73,5 milhões. Em comparação, o Palmeiras faturou R$ 47,5 milhões pelo título do Brasileirão do ano passado, 36% a menos que a premiação do São Paulo na competição de mata-mata.
No entanto, outro grande clube paulista, o Corinthians, corre sérios riscos de ficar fora do torneio em 2025 e seguir os passos do Santos. Isso se deve ao fato de o clube do Parque São Jorge ter ficado na modesta 11ª posição no Paulistão deste ano.
O risco é real em razão do formato da classificação para a Copa do Brasil. De forma geral, 12 clubes têm direito a entrar diretamente na terceira fase da Copa do Brasil: os representantes do País na Copa Libertadores, e os campeões da Copa do Nordeste, Copa Verde e Série B. Se houver menos de nove brasileiros no torneio continental, são chamados os mais bem colocados do Brasileirão.
As outras 80 vagas são definidas pelos Estados. A Federação Paulista dispõe de seis vagas na Copa do Brasil: cinco pelo Paulistão e uma pela Copa Paulista. Os times que se classificam à Libertadores e têm vaga pelo Paulistão têm seus lugares repassados para o próximo mais bem colocado.
Dessa forma, somente se for campeão da Copa Sul-Americana ou da própria Copa do Brasil – e assim ganhar vaga na Libertadores -, o Corinthians estará garantido na edição do próximo ano.
No sábado, o Atlético Monte Azul ganhou o direito à vaga, como campeão da Copa Paulista. Entretanto, a tendência é que o clube opte por jogar a Série D do Campeonato Brasileiro, repassando a classificação à Copa do Brasil ao vice, o Votuporanguense.
Pelo Paulistão, Palmeiras, Santos, Red Bull Bragantino, Novorizontino e São Paulo estão garantidos. Palmeirenses e são-paulinos devem estar na Libertadores de 2025, repassando suas vagas via Estadual para Inter de Limeira e Ponte Preta.
Se Santos ou Novorizontino se sagrarem campeões da Série B e garantirem a vaga pelo torneio, o próximo agraciado via Paulistão é a Portuguesa. Mesmo que o Red Bull Bragantino, 13º colocado no Brasileirão, se classifique para a Libertadores, a vaga via Paulistão não seria do Corinthians e, sim, do São Bernardo.
O Corinthians joga a segunda partida da semifinal da Copa do Brasil deste ano no dia 20 de outubro, às 16h, contra o Flamengo, que tem vantagem de um gol. Já na Sul-Americana, o time tem dois jogos contra o Racing em busca da vaga na final, nos dias 24 e 31 deste mês.
Confira as vagas paulistas na Copa do Brasil caso São Paulo e Palmeiras não se classifiquem para a Libertadores:
Votuporanguense (vice-campeão da Copa Paulista)
Palmeiras (campeão paulista)
Santos (vice-campeão paulista)
Red Bull Bragantino (3º colocado paulista)
Novorizontino (4º colocado paulista)
São Paulo (5º colocado paulista)
Caso São Paulo e Palmeiras se classifiquem para a Libertadores:
Votuporanguense (vice-campeão da Copa Paulista)
Santos (vice-campeão paulista)
Red Bull Bragantino (3º colocado paulista)
Novorizontino (4º colocado paulista)
Inter de Limeira (5º colocado paulista)
Ponte Preta (6º colocado paulista)
Entram na 3ª fase: Palmeiras e São Paulo
Palmeiras e São Paulo na Libertadores, e Santos ou Novorizontino vencendo a Série B:
Votuporanguense (vice-campeão da Copa Paulista)
Santos (vice-campeão paulista ou direto na 3ª fase como campeão da Série B)*
Red Bull Bragantino (3º colocado paulista)
Novorizontino (4º colocado paulista ou direto na 3ª fase como campeão da Série B)*
Inter de Limeira (5º colocado paulista)
Ponte Preta (6º colocado paulista)
Portuguesa (7º colocado paulista)
Entram na 3ª fase: Palmeiras, São Paulo e Santos ou Novorizontino
por: Folha de Dourados
Pantanal de MS tem quatro focos de incêndios ativos e trabalho de combate no bioma completa 198 dias
Com quatro focos ativos de incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, com o apoio das demais forças de segurança nacionais e estaduais empenhadas na Operação Pantanal 2024 há 198 dias, mantém ações de combate ao fogo nas regiões do Paiaguás e Abobral (Passo do Lontra).
Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso. O incêndio já registrou, ontem, uma linha de fogo de aproximadamente 40 quilômetros de extensão. As chamas passaram para o Mato Grosso do Sul vindas do estado vizinho, iniciada no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.
Também estão em monitoramento focos em Corumbá (nas regiões pantaneiras do Paiaguás, Nabileque, Paraguai-Mirim, Forte Coimbra, Serra do Amolar, Albuquerque), Rio Negro (Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro), Costa Rica, Aparecida do Taboado, São Gabriel do Oeste, Dourados, Coxim, Inocência, Paranaíba, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema), Miranda, Porto Murtinho, Nioaque e Aquidauana.
Um novo ciclo de trabalho na temporada de incêndios florestais teve início ontem (15), inclusive com a troca de dez bombeiros militares do Rio Grande do Sul, estado que continua a apoiar as ações de controle e extinção do fogo no Pantanal.
As ações contam com o apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas), que auxiliam os militares que fazem o combate direto em solo. As equipes continuam a realizar o monitoramento nas áreas impactadas e nas localidades onde estão instaladas as 12 bases avançadas, que contribuem para uma resposta mais ágil para o início do combate, em caso de ocorrência de fogo.
As chuvas que ocorreram desde o fim de semana passada contribuíram para aliviar a situação, especialmente após o período de seca. Porém o Pantanal ainda enfrenta condições climáticas adversas, principalmente em relação as altas temperaturas e variação dos ventos, que elevam os riscos de incêndios florestais.
por: Folha de Dourados
Rio Paraguai registra menor nível em 124 anos e está em situação de alerta
O Rio Paraguai, principal bacia do Pantanal, enfrenta a maior seca já registrada e nesta terça-feira (9) atingiu o menor nível em 124 anos. Conforme o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o nível da água chegou aos 62 centímetros negativos no município de Ladário. Os dados são monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANAS), que faz medições automáticas a cada 15 minutos.
O órgão ambiental estadual emitiu alerta devido à situação e informou que o rio Paraguai vem apresentando queda diária de 1 a 2 centímetros. Boletim do Imasul indica que o nível mínimo para o mês de outubro é de 1,10 metros.
Especialistas e entidades ligadas à preservação ambiental têm se preocupado com o cenário e defendem que seja feita avaliação do contexto em que se insere o rio Paraguai, considerando que o Pantanal é uma conjunção de rios.
“O que temos que fazer é olhar para a natureza, garantir que nascentes fiquem protegidas, que a cobertura vegetal esteja presente no solo. Se estamos em um período de extremos, as ações precisam ser emergenciais”, enfatiza o biólogo Sérgio Barreto, coordenador do programa Cabeceiras do Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
Cota zero
Embora o nível de água esteja abaixo da cota referencial, denominada “cota zero”, o rio Paraguai não está completamente seco, explica o Imasul. “A cota zero é uma referência histórica que marca um ponto crítico de profundidade. Quando o nível fica abaixo desse ponto, o rio ainda possui profundidades variadas ao longo do seu curso”, diz texto publicado pelo órgão.
A régua que faz a medição do nível da água do rio Paraguai em Ladário foi instalada no ano de 1900 e as piores secas ocorreram em 1964 e 2020, com nível de -0,61 e -0,60, respectivamente.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Padovani, a seca mais antiga já ocorrida no bioma, na década de 1960, durou onze anos.
“Estamos no sexto ano de seca. Não existe uma previsão segura para nos basearmos para saber quando vai terminar essa estiagem. É possível que ela seja tão longa quanto a da década de 60”, comenta.
Ainda segundo Padovani, a diferença entre a seca atual e a registrada nos anos 60 é a de que a cobertura vegetal do Pantanal ainda era original, característica que tem influências no clima. “Quando você tira a cobertura vegetal original, a resposta da superfície da terra é diferente em relação à atmosfera. Então, a diferença seria mais causada pelo fator humano tanto de uso da terra, de desmatamento, quanto poluição da atmosfera por gases do efeito estufa”, afirma.
Somente em 2024, os incêndios no Pantanal destruíram mais de 2 milhões de hectares do bioma, o que representa 13% da área total, conforme apontam dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ). A área é equivalente a do estado de Sergipe (2 milhões de hectares).
Impactos às populações tradicionais
A região do Pantanal é marcada pela presença de populações que dependem do rio para subsistência e transporte, como é o caso dos ribeirinhos. Com a seca extrema, moradores de áreas localizadas às margens do rio Paraguai sentem os reflexos em suas rotinas.“Quanto mais vai secando, mais lama. Meu carro está afundando, preciso descarregar e tirar ele daí”, conta Nenê Campos, morador de Corumbá, cidade vizinha a Ladário.
Desde jovem, o ribeirinho vai à cidade, onde abastece seu barco, retornando com os mantimentos até sua casa, localizada às margens do rio Paraguai.
Pescador há 30 anos, Éder Conceição relata nunca ter visto seca no Pantanal como a registrada neste ano e lamenta o ocorrido.
“Cada vez está secando mais ainda, não sei o que está acontecendo com a natureza. Um dia acho que isso tudo vai acabar”.
Quatro países
O Rio Paraguai é a principal bacia do Pantanal brasileiro e percorre, também, Bolívia, Paraguai e Argentina, totalizando 2.695 Km de extensão. Desse total, 1.693 Km estão no território brasileiro, onde
Além disso, é considerado o oitavo maior rio da América do Sul e, no Brasil, 48% de sua extensão está localizada em Mato Grosso e 52%, em Mato Grosso do Sul.
É o principal rio do Pantanal, e tem registrado níveis baixíssimos desde o início de 2024 — em julho registrou o menor nível em quase 60 anos. O rio abrange 48% no estado do Mato Grosso e 52% do Mato Grosso do Sul e atravessa os biomas Cerrado, Pantanal e também o Chaco, considerado bioma paraguaio semelhante ao Pantanal.
Incêndios
Além da seca, o bioma enfrenta o problema dos incêndios florestais que só este ano já devastaram 12,7% de área do bioma (tanto em MS quanto em MT), segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). A temporada do fogo este ano começou mais cedo e de forma mais severa em razão das mudanças climáticas
por: Folha de Dourados