Cai à metade proporção de brasileiros que vivem em ruas sem calçada

O calçamento das ruas avançou no Brasil entre 2010 e 2022, mas a presença de obstáculos como buracos e desníveis perto das residências ainda é um problema que afeta oito em cada dez brasileiros.Cai à metade proporção de brasileiros que vivem em ruas sem calçadaCai à metade proporção de brasileiros que vivem em ruas sem calçada

Os dados fazem parte do Censo 2022 e foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios. O estudo coletou dados sobre capacidade de circulação de vias, presença de pavimentação, calçadas, bueiros, iluminação pública, pontos de ônibus, rampa para cadeirantes, arborização e sinalização para bicicletas.

A pesquisa do IBGE mostra que entre os censos de 2010 e 2022, caiu praticamente à metade a proporção de brasileiros que viviam em locais sem calçadas. Em 2010, eram 32,7% dos habitantes, patamar que diminuiu para 15,7% em 2022. Esse número representa 27,3 milhões de brasileiros.

Distrito Federal e Goiás são as unidades da federação com maior proporção de moradores em ruas com calçadas, 92,9% e 92,6%, respectivamente. Na outra ponta, o Amapá tem apenas 57,1% dos moradores nessa condição.

Ao mesmo tempo em que o levantamento mostra que 84% dos brasileiros residem em vias com calçadas, apenas 18,8% dos moradores têm endereços em vias com calçadas livre de obstáculos, como buracos, desníveis, entradas para estacionamento irregulares ou calçadas quebradas.

Na publicação, o IBGE observa que a importância das calçadas vai além da simples função de circulação de pedestres.

“Calçadas bem cuidadas valorizam os imóveis e o espaço urbano como um todo, elas podem ser usadas para paisagismo, áreas de descanso, arte urbana e mobiliário público, tornando a cidade mais atraente, além de promoverem modos de transporte mais sustentáveis, como a caminhada, ajudando a reduzir a poluição e o congestionamento urbano”, descreve o instituto.

Calçada da Praia de Ipanema

Calçada da Praia de Copacabana é uma das mais famosas do Brasil – Tomaz Silva/Agência Brasil

Pavimentação

O estudo apontou que 154,1 milhões de pessoas moravam em vias pavimentadas, o que correspondia a 88,5% do total de brasileiros. Isso significa que ao menos oito em cada dez pessoas no Brasil moram em endereços com vias pavimentadas.

Ao buscar dados sobre pavimentação, o IBGE considerou diversos tipos como asfalto, cimento, paralelepípedos e calçamento poliédrico, também conhecido como pé de moleque. Em vias sobre palafitas, foram considerados também vias revestidas com tábuas de madeira.

As vias foram identificadas como pavimentadas quando o calçamento abrangia mais da metade da extensão. No Censo de 2010, não havia essa necessidade mínima para considerar a via pavimentada e, por isso, o IBGE não apresentou comparação entre os dois censos.

O IBGE contextualiza que a pavimentação é fundamental para o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida dos cidadãos, representando, por exemplo, mais segurança e mobilidade no trânsito, facilidade de transporte de mercadorias e redução de poeira, lama e barulho.

Unidades da Federalção (UF) com mais de 90% de moradores em vias pavimentadas:

  • São Paulo: 96%
  • Minas Gerais: 95,3%
  • Distrito Federal: 94,2%
  • Goiás: 94%
  • Paraná: 91,8%
  • Espírito Santo: 91,3%

UFs com menos de 80% de moradores em vias pavimentadas:

  • Pará: 69,3%
  • Rondônia: 70,4%
  • Amapá: 71,9%
  • Pernambuco: 76,3%
  • Maranhão: 77,5%
  • Mato Grosso do Sul: 78,8%
  • Paraíba: 79,2%

A pesquisa também fez classificações com base na capacidade de circulação das vias. Foi possível identificar que 90,8% dos moradores tinham endereço em ruas que podiam receber caminhões, ônibus e veículos de carga.

Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, seis capitais ficaram entre as que apresentaram menores percentuais de ruas que poderiam receber veículos maiores: 

  • Salvador (BA): 63,4%
  • Recife (PE): 70,4%
  • Macapá (AP): 76,9%
  • Belém (PA): 80,4%
  • Rio de Janeiro (RJ): 81,7%
  • Maceió (AL): 83,9%

De acordo com o analista do IBGE Maikon Roberth de Novaes, “algumas características ligadas à própria geografia das cidades e a presença de favelas e comunidades urbanas pode explicar, em parte, essa questão de percentuais baixos em grandes cidades”.

Iluminação pública e ônibus

Ao visitar os milhões de endereços pelo país, os agentes censitários identificaram que 97,5% dos moradores viviam em locais com estrutura de iluminação pública. Em 2010, o patamar era de 95,2%. Em 2022, o Amapá (88,5%) era o único estado em que essa marca fica abaixo de 90%.

A pesquisa verificou apenas a presença de postes de luz, sem se ater se estavam funcionando durante as noites.

Os pesquisadores também buscaram se saber ônibus e vans passavam nos domicílios dos brasileiros. O resultado é que 8,8% dos habitantes viviam em ruas com ponto de parada desses meios de transporte – independentemente da frequência de circulação.

O analista do IBGE Maikon Roberth de Novaes considera que a presença do transporte público “traz a possibilidade mais democrática de acesso e realização de atividades sociais, culturais, políticas e econômicas”.

Ele classifica o percentual identificado pela pesquisa como “muito baixo”. O número representa 15,3 milhões de pessoas.

No entanto, Novaes avalia que não é necessário que todas as ruas tenham ponto de ônibus. “É recomendado que o domicílio esteja a 300 metros e 500 metros de um ponto de ônibus. Então não é um resultado tão ruim assim, apesar do índice baixo”, pondera.

O levantamento mostra que, conforme aumenta o porte das localidades, maior o percentual de moradores em vias com ponto de transporte coletivo. Nas metrópoles, o índice é de 12,3%; nas capitais, 10,7%; e nos centros locais, 2,3%.

Ônibus joga água na calçada durante chuva na Avenida Paulista.

Ônibus joga água na calçada durante chuva na Avenida Paulista. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Metodologia

Cerca de 30 mil agentes censitários do IBGE coletaram características dos trechos das vias onde moram as pessoas, delimitação que o instituto chama de face de quadra. De forma simplificada, cada face pode ser entendida como um pedaço da quadra onde fica o domicílio, por exemplo, de uma esquina a outra.

Os agentes censitários verificaram informações de 11,4 milhões de faces de quadra, que abrangem 63,1 milhões de domicílios – 69,56% do total do país. Ao todo, esse universo representa 174,2 milhões de moradores – 85,75% da população brasileira (202,1 milhões de pessoas).

Esses setores censitários que tiveram os dados recolhidos possuem características urbanas, incluindo áreas de povos indígenas e favelas. Regiões com predominância agropecuária foram excluídas.

 

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Destaque nacional, HRMS tem as melhores práticas de segurança do paciente na UTI em MS

O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) foi destaque nacional na avaliação das práticas de segurança do paciente realizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Maior hospital público de Mato Grosso do Sul, o HRMS ficou em primeiro lugar entre os hospitais sul-mato-grossenses e tem “alta conformidade” às práticas de segurança dos pacientes em leitos de UTI.

A avaliação foi realizada entre hospitais com UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) adulto no último ano. Em todo o país, foram mais de 1,5 mil hospitais avaliados e, em Mato Grosso do Sul, 29.

O HRMS, hoje, conta com 29 leitos de UTI adulto, 8 leitos de UTI pediátrica, 10 leitos de UTI Neonatal e 10 leitos na UCO (Unidade Coronariana), que também é uma unidade de terapia intensiva, mas dedicada apenas ao tratamento de pacientes com doenças cardíacas graves.

Em hospitais como o HRMS, que contam com UTI adulto, centro cirúrgico e centro obstétrico, são avaliados 21 indicadores, que analisam desde a existência do Núcleo de Segurança do Paciente, protocolos implantados de prevenção de lesão por pressão e de identificação do paciente, por exemplo.

No Hospital Regional de MS, o Núcleo de Segurança do Paciente existe desde 2013 e é responsável por promover ações voltadas à segurança e à qualidade do atendimento aos pacientes. Ele atua em várias frentes para reduzir o risco de danos e eventos adversos durante o processo de cuidado, além de implementar boas práticas de segurança no ambiente hospitalar.

Entre as principais funções do Núcleo, estão a identificação de riscos à segurança dos pacientes dentro do hospital, implementação de protocolos e boas práticas, capacitação e treinamento de profissionais, monitoramento e avaliação dos indicadores de segurança, além da promoção da cultura de segurança entre os profissionais de saúde.

“A segurança do paciente é sempre a nossa prioridade máxima. Aqui no HRMS fazemos um acompanhamento contínuo dos indicadores de segurança e a análise dos eventos adversos para garantir que as boas práticas têm sido adotadas. Por meio delas, conseguimos fortalecer a prevenção de infecções e garantir as boas práticas assistenciais”, afirma a chefe do Núcleo de Segurança do Paciente do HRMS, enfermeira Simone Carvalho.

De acordo com a Anvisa, a avaliação objetiva “promover a gestão dos riscos e a adoção de práticas de segurança em serviços de saúde do país, reforçando a cultura de segurança e propiciando o aprimoramento do cuidado prestado aos pacientes e melhoria da qualidade nesses serviços”.

Para a diretora-presidente da Funsau (Fundação Serviços de Saúde de MS), Marielle Alves Corrêa Esgalha, o reconhecimento da Anvisa reforça o comprometimento de cada profissional que atua no Hospital Regional.

“Esse resultado é motivo de muito orgulho para todos nós. Ele mostra que estamos no caminho certo, com um trabalho sério, permanente e coletivo, que coloca a segurança do paciente sempre em primeiro lugar. Além disso, nos motiva a continuar aprimorando nossos processos, sempre com foco na qualidade do atendimento e no cuidado com a vida”, assegura.

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Furto de ração é flagrado pela Guarda Municipal em Dourados

Na madrugada desta quarta-feira (16), por volta das 3h40, uma equipe da GMD (Guarda Municipal de Dourados) flagrou um furto de aproximadamente 500 quilos de ração pertencentes a uma empresa localizada na BR-163, em Dourados. A ação ocorreu durante rondas preventivas na Rua Albertina de Matos, esquina com a Avenida Weimar Gonçalves Torres.

Os agentes foram abordados por dois homens próximos a um veículo Ford F4000, placas HQV5E03, estacionado na via. Eles se identificaram como peritos da seguradora contratada pela empresa e relataram o furto, apontando o motorista Jhony Vareiro e o auxiliar Heliezer Correia como responsáveis pela carga.

A dupla afirmou ter sido contratada pelo motorista de uma empresa de transporte para realizar o frete até um sítio onde Jhony mantém uma pequena criação de animais. Segundo os envolvidos, a entrega de ração para pequenos criadores seria uma prática recorrente a pedido do contratante.

Diante da situação, todos os citados foram encaminhados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para esclarecimentos. 

O supervisor de Logística da empresa contratante, também compareceu à delegacia para acompanhar o caso. Foram entregues dois celulares, o veículo utilizado no transporte e a carga de ração, todos sem sinais de danos.

A ocorrência segue sendo investigada pelas autoridades.

 

 

 

 

Por: Dourados Informa.

Zeca reage a pedido de exoneração por deputado do PL: ‘E quem pediu a morte do Lula?’

Na manhã desta terça-feira (15), o deputado estadual Zeca do PT reagiu à fala do deputado estadual Coronel David (PL), que pediu a exoneração do chefe do Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) de Guia Lopes da Laguna, Gabriel Meireles.

A fala de David ocorreu durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, no contexto de um comentário feito pelo servidor do Detran nas redes sociais, desejando a morte do ex-presidente Jair Bolsonaro, que passou por uma cirurgia.

Em resposta, Zeca do PT propôs um levantamento completo e igual punição de todos os servidores públicos de Mato Grosso do Sul que desejaram a morte do presidente Lula, inclusive policiais.

“A primeira parte da fala do Coronel David eu concordo, vamos fazer um levantamento completo: quantos [servidores] deste estado pediram a morte do Lula? Isso o Coronel David sabe”, disse Zeca.

O ex-governador completou ainda que tem todo o direito de duvidar da suposta facada sofrida por Jair Bolsonaro em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG).

“Um homem que abriu o abdômen 12 horas atrás já está caminhando no hospital? Tenho todo o direito de colocar isso em dúvida. Quando ele sofreu a tal da facada, não caiu uma gota de sangue, nunca vi isso”, enfatizou Zeca.

Após repercussão da reação do deputado Zeca, a população também comentou o caso nas redes sociais.

“Contra o Lula pode falar todo tipo de atrocidade, mas contra o alecrim dourado não”, questionou uma moradora de Aparecida do Taboado (MS).

 

 

 

 

Por: Folha de Dourados.

Campanha usa linguagem gamer para alertar sobre cigarro eletrônico

Uma campanha que utiliza a linguagem gamer para alertar sobre os riscos do cigarro eletrônico está sendo lançada pela Fundação do Câncer. A iniciativa Vape Mata marca o mês de abril, quando é comemorado o Dia Mundial da Saúde (7). O objetivo é chamar a atenção dos jovens na faixa de 15 a 24 anos, que representam 70% dos usuários de cigarro eletrônico no país.

A campanha visa a traçar um paralelo entre a frustração nos jogos e os impactos nocivos do cigarro eletrônico na vida real. O Movimento Vape Off, da Fundação do Câncer, informa a população sobre os malefícios desses dispositivos.

“Queríamos encontrar um caminho autêntico para falar com a Geração Z, que é o público mais exposto ao uso de vapes. A linguagem dos gamers é apropriada para mostrar ao jovem como o cigarro eletrônico pode comprometer o desempenho no jogo e na vida”, disse, em nota, o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as empresas de tabaco gastam mais de US$ 8 bilhões por ano em marketing e publicidade. O foco principal, segundo Maltoni, “é a população mais jovem, onde se dá o início da dependência", explicou. O cigarro eletrônico “tem mais de 80 substâncias nocivas à saúde, entre elas metais pesados e substâncias cancerígenas”, afirmou.

Todo o conteúdo da campanha será amplificado nas redes sociais, YouTube e plataformas de streaming, com o apoio de influenciadores digitais e criadores de conteúdo do universo gamer.

Combate ao tabagismo

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se uniram, desde setembro do ano passado, com a finalidade de fortalecer as políticas públicas de controle do tabagismo. O desafio atual é contrapor o marketing da indústria do tabaco, mostrando com dados científicos os danos provocados à saúde pelo cigarro eletrônico.

O diretor-geral do Inca, Roberto de Almeida Gil, disse que “o compromisso do instituto e da Fiocruz é com a ciência. Estamos alimentando todos os interlocutores com evidências de que esses produtos [dispositivos eletrônicos para fumar, os DEFs] fazem muito mal e vamos produzir ainda mais dados”. Ele afirmou que a sustentabilidade do sistema de saúde depende do enfrentamento dos fatores de risco de doenças crônicas, como o tabagismo. “A conta chega lá na frente. Por isso temos que agir agora”, completou Gil.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, esclareceu que a ideia de regulamentação do cigarro eletrônico é uma falácia, visto que, na prática, tal medida visa a legalizar o produto no mercado. A fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de DEFs são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Estamos mexendo com grandes interesses, mas a Fiocruz e o Inca têm muita força e vigor, ainda mais quando se unem”, disse Moreira.

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados