Bahia marca no último lance, bate o Ceará e desencanta no Campeonato Brasileiro

Com gol de Everton Ribeiro no último lance, de pênalti, aos 58 minutos do segundo tempo, o Bahia superou o Ceará, por 1 a 0, nesta segunda-feira, e conquistou o seu primeiro triunfo no Campeonato Brasileiro. Apesar dos três pontos, o duelo que marcou o encerramento da quinta rodada foi morno na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em Salvador, com poucas chances para os dois lados.

Com o resultado, o Bahia deixou a zona de rebaixamento e subiu para o 13º lugar, com seis pontos. Já o Ceará saiu na bronca com a arbitragem e conheceu sua segunda derrota, aparecendo em quinto lugar, com sete pontos.

O lance do pênalti mudou a história do jogo, aos 54 minutos. Tiago entrou na área pelo lado direito e tropeçou no pé de Fabiano Souza. O VAR recomendou a revisão e o árbitro preferiu pelo pênalti, cobrado com maestria.

O Bahia começou o duelo com mais posse de bola e com volume ofensivo. Tiago foi quem deu a primeira finalização, acertando a rede, porém do lado de fora. No lance seguinte, Nestor arriscou e Fernando Miguel encaixou. O Ceará era mais conservador, priorizando o setor defensivo e buscando as saídas pelo lado de campo.

Com o passar do tempo, o jogo caiu de rendimento, com muitas disputas de bola, principalmente no meio de campo. O time cearense levava vantagem nos desarmes, mas não conseguia encaixar um contra-ataque e surpreender. Na ida ao intervalo, a torcida vaiou o time da casa.

A partida voltou morna na segunda etapa, com poucas emoções. As entradas de Everton Ribeiro e Juba até deram mais dinâmica ao Bahia, mas o time seguiu sem efetividade, preso na marcação do Ceará, que, por sua vez, pecava na saída de bola e não conseguia contra-atacar o adversário.

Com a paciência da torcida se esgotando, o Bahia se lançou ao ataque. O jovem Ruan Pablo, que tinha acabado de entrar, parou em grande defesa de Fernando Miguel. O Ceará também se animou na reta final e conseguiu encaixar um ataque em velocidade, mas Matheus Araújo ficou sem ângulo e chutou em cima de Marcos Felipe. A emoção ficou para os acréscimos, quando o VAR recomendou pênalti em Tiago. Após confirmação, Everton Ribeiro converteu e deu ao Bahia os três pontos na partida.

O Bahia volta a campo na quinta-feira, às 21h, pela Libertadores, diante do Atlético Nacional-COL, na Arena Fonte Nova. Pelo Brasileiro, atua no domingo, às 18h30, contra o Palmeiras, no Allianz Parque. Já o Ceará encara o São Paulo, no sábado, às 18h30, na Arena Castelão.

FICHA TÉCNICA

BAHIA 1 X 0 CEARÁ

BAHIA – Marcos Felipe; Gilberto, David Duarte, Santiago Mingo e Iago (Luciano Juba); Acevedo, Erick, Rodrigo Nestor (Everton Ribeiro) e Cauly (Tiago); Ademir (Ruan Pablo) e Lucho Rodríguez (Erick Pulga). Técnico: Rogério Ceni.

CEARÁ – Fernando Miguel; Fabiano Souza, Marllon, Willian Machado e Rafael Ramos; Diego, Fernando Sobral (Lucas Lima) e Lucas Mugni (Rômulo); Aylon (Guilherme) (Pedro Henrique), Pedro Raul e Galeano (Matheus Araújo). Técnico: Léo Condé.

GOL – Éverton ribeiro, pênalti, aos 58 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Ademir e Everton Ribeiro (Bahia); Lucas Mugni, Fernando Sobral e Rafael Ramos (Ceará).

ÁRBITRO – Rafael Rodrigo Klein (RS).

RENDA – R$ 787.101,00.

PÚBLICO – 28.047 torcedores.

LOCAL – Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

 

 

 

 

 

 

Por: Folha de Dourados.

Funeral do papa Francisco será realizado sábado, anuncia Vaticano

O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do papa Francisco. A cerimônia segue as indicações estabelecidas no Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, documento que rege os ritos funerários do Pontífice Romano.

Nesta quarta-feira (23), o corpo será trasladado à Basílica de São Pedro. A Missa das Exéquias será celebrada no sábado (26), seguida do sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior.

Traslado

Amanhã, às 9h (horário local), o corpo do papa será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. A condução da urna será precedida por um momento de oração, presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.

A procissão seguirá pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, saindo pelo Arco dos Sinos até a Praça de São Pedro, entrando em seguida na Basílica Vaticana pela porta central. Diante do Altar da Confissão, o cardeal camerlengo conduzirá a Liturgia da Palavra, após a qual será aberto o período de visitação à urna mortuária.

Exéquias e sepultamento

No sábado, às 10h (horário local), será celebrada a Missa das Exéquias, que marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice. A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de São Pedro e será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

Ao final da celebração eucarística, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. Em seguida, o caixão do Papa será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimônia de sepultamento.

Diversos chefes de Estado e de governo já anunciaram oficialmente sua presença para prestar homenagem a Francisco.

 

 

 

 

 

Por: Dourados Informa.

Brasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da Conab

O Brasil registrou a segunda maior produção de cana-de-açúcar, durante o ciclo 2024-2025, com um total estimado de 676,96 milhões de toneladas do produto. O resultado é 5,1% menor do que a safra recorde, registrada no ciclo anterior, colhido entre 2023 e 2024.Brasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da ConabBrasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da Conab

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda foi “reflexo dos baixos índices de chuvas, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que representa 91% da produção total do país”, aliado à queimada observada nos canaviais. O fogo, segundo a companhia, consumiu vários talhões de cana em plena produção.

“Essas condições adversas registradas ao longo da temporada influenciaram negativamente na produtividade média, ficando em 77.223 quilos por hectares”, registrou a Conab ao anunciar, nesta quinta-feira (17), os resultados do 4º Levantamento sobre a cultura divulgado pela Companhia.

>>Seca extrema derruba produtividade de cana e usinas antecipam colheita

Sudeste e Centro-Oeste

Brasília (DF), 28/03/2025 - Prédio da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab.. Foto: Sindsep-DF/Divulgação

Conab divulgou nesta quinta-feira estimativa da safra de cana. Foto-arquivo: Sindsep-DF/Divulgação

Principal região produtora de cana, o Sudeste colheu 439,6 milhões de toneladas, resultado 6,3% inferior ao obtido na safra anterior. Em termos de área, houve um aumento de 7,5% na mesma base de comparação, chegando a um total de 5,48 milhões de hectares

“Esse aumento, no entanto, não foi suficiente para recuperar as perdas registradas pela queda da produtividade de 12,8%, estimada em 80.181 quilos por hectare”, justificou a Conab.

No Centro-Oeste, a colheita não apresentou grandes variações em relação ao resultado da safra recorde, obtida no ciclo anterior. Foram colhidas 145,3 milhões de toneladas (alta de 0,2%), nesta relevante região produtora.

“Assim como no Sudeste, a área cresceu 4%, chegando a 1,85 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi 3,7% menor, projetada em 78.540 quilos por hectare”, informou a Conab.

Nordeste, Sul e Norte

A colheita do ciclo 2024/2025 está ainda sendo finalizada na Região Nordeste. Se confirmada a estimativa da companhia, a produção por lá ficará em 54,4 milhões de toneladas, o que representa queda de 3,7% em relação à safra anterior.

De acordo com a Conab, este resultado sofreu influência da restrição hídrica na região, o que reduziu as produtividades médias das lavouras. A área colhida aumentou 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares.

A Região Sul apresentou queda tanto em termos de área como produtividade. Estimada em 33,6 milhões de toneladas, a produção ficará 13,2% inferior ao ciclo passado.

Já na Região Norte, o panorama é o oposto, com aumentos de área e produtividade, de 1,4% e 1,1% respectivamente. Segundo a Conab, a colheita está estimada em 4 milhões de toneladas na região.

Subprodutos

A redução do volume de cana colhido resultou também em queda na produção de açúcar. O levantamento indica que a queda ficou em 3,4%, o que corresponde a um total estimado de 44,1 milhões de toneladas.

“Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada para a fabricação de açúcar”, explicou.

Etanol

No caso do etanol, houve crescimento de 4,4% na produção total, de 37,2 bilhões de litros. A alta foi obtida mesmo com a queda (de 1,1%) da produção a partir do esmagamento da cana, em consequência da piora das condições climáticas. O total produzido ficou em 29,35 bilhões de litros.

“O bom resultado se deve ao incremento do etanol fabricado a partir do milho. Nesta safra, cerca de 7,84 bilhões de litros têm como origem o cereal, um aumento de 32,4% frente ao ciclo 2024/23”, informa a companhia.

Exportações

De acordo com a Conab, as exportações se mantiveram elevadas, mantendo o Brasil como principal fornecedor mundial do produto.

“No fechamento da safra 2024/25, os volumes de açúcar ficaram estáveis em relação à safra anterior, no patamar de 35,1 milhões de toneladas. Porém, a receita foi de US$ 16,7 bilhões, queda de 8,2% em relação à receita da última safra, fruto do cenário de preços menores”, diz a Conab.

Já a exportação de etanol fechou o ciclo com um total de 1,75 bilhão de litros embarcados. Uma queda de 31% na comparação com o ciclo 2023/24.

A Conab explica que o etanol de milho tem ganhado mais relevância, com aumento tanto de produção em novas unidades como de eficiência das plantas já existentes.

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Dois terços dos brasileiros moram em ruas arborizadas; Dourados é a 5ª cidade

Quase 115 milhões de brasileiros moram em ruas com ao menos uma árvore. Essa é uma das conclusões da pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados do Censo 2022. Dois terços dos brasileiros moram em ruas arborizadas; Dourados é a 5ª cidadeDois terços dos brasileiros moram em ruas arborizadas; Dourados é a 5ª cidade

O número corresponde a 66% da população pesquisada, o que significa que, a cada três brasileiros, dois moravam em ruas arborizadas.

Dessas pessoas, 32,1% residiam em endereços que possuíam cinco árvores ou mais; 13,5%, em vias com três ou quatro árvores; e 20,4% em locais com duas árvores no máximo.

Mato Grosso do Sul (92,5%) é o único estado com percentual acima de 90%. As menores marcas ficaram com Sergipe (38,6%), Santa Catarina (41%), Acre (42,1%) e Amazonas (44,6%), sendo os dois últimos localizados no bioma Amazônia.

O IBGE considerou apenas arborização em áreas públicas, ou seja, excluiu da contagem árvore em quintal de casas, por exemplo. Como a metodologia é diferente da utilizada no Censo 2010, não houve comparação de dados.

A pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios coletou dados sobre capacidade de circulação de vias, presença de pavimentação, calçadas, bueiros, iluminação pública, pontos de ônibus, rampa para cadeirantes, arborização e sinalização para bicicletas.

Cerca de 30 mil agentes coletaram características dos trechos das vias onde moram as pessoas, delimitação que o IBGE chama de face de quadra. De forma simplificada, cada face pode ser entendida como um pedaço da quadra onde fica o domicílio, por exemplo, de uma esquina a outra. Isso significa que as árvores precisavam estar no trecho da rua em que os moradores residiam para serem consideradas.

Conheça as cidades mais arborizadas do Brasil

Relação das 15 concentrações urbanas (localidades que reúnem mais de 100 mil habitantes) com maiores proporção de moradores em áreas arborizadas:

  1. Birigui (SP): 98,4%
  2. Sertãozinho (SP): 97,5%
  3. São José do Rio Preto (SP): 97,3%
  4. Maringá (PR): 97,2%
  5. Dourados (MS): 97,1%
  6. Londrina (PR): 96,8%
  7. Umuarama (PR): 96,6%
  8. Araçatuba (SP): 96,1%
  9. Ourinhos (SP): 95,9%
  10. Jaú (SP): 95,6%
  11. Araraquara (SP): 95,1%
  12. Marília (SP): 94,9%
  13. Toledo (PR): 94,6%
  14. Sinop (MT): 94,0%
  15. Rondonópolis (MT): 93,8%

Ciclovias

Os agentes censitários buscaram também informações relacionadas a um elemento que têm ligação direta com sustentabilidade: vias com sinalização para bicicletas.

Em todo o país, 3,3 milhões de moradores residem em vias nas quais há sinalização para bicicletas. Isso representa 1,9% da população pesquisada. Foram consideradas soluções como ciclovias, ciclofaixas, placas e pintura no chão.

Santa Catarina se destaca entre os estados, com o patamar de 5,2% dos moradores. As cinco concentrações urbanas com maiores índices são todas catarinenses: Joinville (11,2%), Jaraguá do Sul (9,8%), Itajaí – Balneário Camboriú (7,2%), Florianópolis (7,1%) e Blumenau (6,8%).

 

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados

Presença de rampa para cadeirante aumenta quatro vezes em 12 anos

No intervalo de 12 anos, a proporção de brasileiros que vivem em ruas que têm rampa para cadeirante aumentou quatro vezes. A constatação está em mais um conjunto de dados do Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Presença de rampa para cadeirante aumenta quatro vezes em 12 anosPresença de rampa para cadeirante aumenta quatro vezes em 12 anos

No Censo 2010, os pesquisadores identificaram que 6 milhões de pessoas moravam em vias que tinham rampa para cadeirante. Esse número representava 3,88% da população pesquisada. Já na contagem censitária de 2022, foram identificadas 26,5 milhões de pessoas residindo em endereços que contavam com rampa de acessibilidade, patamar que significa 15,2% da população pesquisada.

Para chegar a esses números, o IBGE registrou características de trechos chamados de faces de quadra. De forma simplificada, é o espaço de uma esquina a outra de uma rua.

Foram coletadas informações de 11,4 milhões faces de quadra, que abrangem 63,1 milhões de domicílios – 69,56% do total do país. Ao todo, esse universo representa 174,2 milhões de moradores ─ 85,75% da população brasileira (202,1 milhões de pessoas).

O Censo 2022 ainda não divulgou dados sobre pessoas com deficiência, mas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), também realizada pelo IBGE, revela que em 2022 o país tinha 7,078 milhões de pessoas com 2 anos ou mais de idade com dificuldade para andar ou subir degraus, o que representa 3,4% da população.

Ao relacionar as informações coletadas com dados de localização de estabelecimentos, o IBGE identificou que menos da metade (47,2%) dos estabelecimentos de saúde tinha rampa para cadeirante, enquanto apenas 31,8% dos estabelecimentos de ensino apresentavam rampa nas calçadas.

Pontos de acessibilidade no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Rampas de acesso ao Parque dos Patins ( Fernando Frazão/Agência Brasil)
Pontos de acessibilidade no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas  Fernando Frazão/Agência Brasil

Diferenças regionais

O Censo 2022 revela que Mato Grosso do Sul é a unidade da federação (UF) com maior percentual da população vivendo em rua com rampa para cadeirante, 41,1%. Paraná (37,3%) e Distrito Federal (30,4%) aparecem em seguida.

Na ponta contrária, as menores proporções ficam com Amazonas (5,6%), Pernambuco (6,2%), Maranhão (6,4%) e Pará (7%). 

Ao listar por concentração urbana – localidade com mais de 100 mil habitantes – o IBGE identificou que apenas cinco apresentam mais da metade dos moradores vivendo em ruas que contam com rampas para cadeirantes, sendo três no Paraná:

  • Maringá (PR): 65,7%
  • Toledo (PR): 61,3%
  • Cascavel (PR): 59%
  • Campo Grande (MS): 55,7%
  • Uberlândia (MG): 51,7%.

Analisando por município, Barra Bonita, em Santa Catarina, é a campeã na proporção de habitantes morando em via com a presença de rampa de acessibilidade, 90,9%.  

O estado do Paraná tem 11 dos 15 municípios com maior proporção de pessoas vivendo em ruas com rampa para cadeirantes. Veja a lista:

  • Barra Bonita (SC): 90,9%
  • Jardim Olinda (PR): 90,0%
  • Guaporema (PR): 83,1%
  • Jaguaribara (CE): 82,7%
  • Flórida (PR): 82,6%
  • Boa Esperança do Iguaçu (PR): 80,7%
  • União de Minas (MG): 79,5%
  • Atalaia (PR): 79,1%
  • Novo Itacolomi (PR): 79,1%
  • São Jorge do Ivaí (PR): 78,0%
  • Maringá (PR): 77,3%
  • André da Rocha (RS): 77,2%
  • Lobato (PR): 76,7%
  • Ourizona (PR): 76,2%
  • São Carlos do Ivaí (PR): 75,2%

O IBGE ressalta que 1.864 municípios do país – um terço do total – possuem menos de 5% de moradores vivendo em vias com rampa para cadeirantes, enquanto 157 municípios (2,8% do total) não existem moradores nessa situação.

Metodologia

O instituto considerou na contagem rampas exclusivamente para cadeirantes e travessias elevadas de pedestres – estrutura que permite cadeirantes atravessarem ruas sem precisar de esforço para subir nas calçadas. Rampas de garagem não foram consideradas.

O gerente de pesquisas e classificações territoriais do IBGE, Jaison Cervi, explicou à Agência Brasil que o instituto não pesquisou a motivação para a oferta de rampas, mas, segundo ele, “a legislação, campanhas educativas e inclusivas podem ter contribuído para a maior presença do equipamento”.

A presença de rampas é uma das determinações da Lei da Acessibilidade (Lei 10.098/2000). O Artigo 3º descreve: “O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.

O analista do IBGE Maikon Roberth de Novaes explica que no Censo 2022, um condicionante para ser considerada a presença de rampa é haver calçada na via, diferentemente do Censo 2010. Mesmo com essa diferença entre as contagens censitárias, Novaes afirma que é possível fazer comparação entre os dados.

“Em 2010, a rampa para cadeirante não era condicionada a calçadas. É possível que tenha sido respondido mesmo não tendo calçada. Isso é muito pouco provável. Pode acontecer, mas é muito pouco provável”, justifica.

 

 

 

 

 

por: Folha de Dourados